A Venezuela assinou um novo acordo com o Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas para oferecer, de maneira imediata, merenda escolar a 185 mil crianças. O objetivo é atingir até 1,5 milhão de crianças nos próximos dois anos.
Por conta da pandemia de coronavírus, as aulas presenciais permanecem suspensas. No entanto, em algumas comunidades, os refeitórios abriram suas portas para oferecer refeições diárias à população mais vulnerável.
"Vamos avançar progressivamente nas zonas mais afetadas pela insegurança alimentar. Acreditamos que as escolas são a plataforma mais adequada para que cheguemos às crianças de maneira independente", afirmou o diretor executivo do PMA, David Beasley, que aterrissou em Caracas no último domingo (18).
De acordo com uma pesquisa opinião, realizada pelo Programa, em fevereiro de 2020, 60% dos venezuelanos tiveram que diminuir a quantidade de refeições diárias e 9,3 milhões, quase um terço da população, vivia em situação de insegurança alimentar.
Leia também: Venezuela combate a fome e a desnutrição com rede de 3 mil restaurantes populares
O novo convênio prevê um orçamento anual de US$ 190 milhões de dólares, que faz parte do Plano de Resposta Humanitária da ONU para a Venezuela.
O presidente Nicolás Maduro destacou que são três anos de negociações para chegar ao ponto atual. "Passos como esse reforçam o compromisso da Veneuzela com a agenda 2030 da ONU", declarou.
O chefe de Estado também agradeceu o esforço e afirmou que é um primeiro passo para um conjunto de projetos que irão apoiar a alimentação do povo venezuelano.
Edição: Leandro Melito