O diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU), David Beasley aterrissou, no último domingo (18), em Caracas, para uma visita de trabalho.
O governo bolivariano afirma que serão assinados novos acordos com o organismo multilateral para combater a fome e a desnutrição no país.
O PMA é a maior agência humanitária de combate à fome no mundo, criado em 1961, para criar políticas e ajudar a descentralizar recursos no combate à insegurança alimentar.
Durante a última década, a Venezuela conseguiu diminuir o índice de desnutrição de 13,5% para 2,5%, criando uma série de programas sociais, como as Casas de Alimentação. Na época, o país chegou a ser reconhecido pela ONU pelo combate à fome.
No entanto, nos últimos seis anos de bloqueio, que gerou uma redução de 60% do PIB e 99% da arrecadação do Estado, a condição de vida dos venezuelanos piorou gradativamente.
Em 2013, a Venezuela foi o segundo país latino-americano com maior taxa de obesidade, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Em fevereiro de 2020, de acordo com uma pesquisa opinião, realizada pelo PMA, 60% dos venezuelanos tiveram que diminuir a quantidade de refeições diárias e 9,3 milhões, quase um terço da população, vive em situação de insegurança alimentar.
O presidente Nicolás Maduro afirmou que o funcionário da ONU também irá conhecer o funcionamento dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), criado em 2017, para combater a especulação de preços da cesta básica alimentar.
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Em 2018, o Executivo criou a plataforma Patria para distribuir bônus e agrupar os programas sociais do Estado. Em pouco mais de dois anos, já são 21 milhões de inscritos no sistema, que recebem algum tipo de auxílio financeiro mensal.
Edição: Leandro Melito