O Fórum de Unidade dos Sindicatos Bancários da Índia convocou uma greve nacional contra a privatização de bancos públicos, na última segunda-feira (15). Cerca de 1 milhão de trabalhadores já aderiram à paralisação que deve se manter por tempo indeterminado.
Os bancários rejeitam a proposta da ministra de Finanças, Nirmala Sitharaman, de privatizar bancos públicos como parte do plano de desinvestimento do governo conservador de Narendra Modi.
Os sindicatos denunciam que a medida, anunciada em fevereiro com o orçamento público de 2021-2022, irá gerar desemprego e aumentar o endividamento das pessoas que possuem financiamentos em bancos públicos.
O governo já privatizou o Banco de Desenvolvimento Industrial da Índia (IDBI, na sigla em inglês) com a venda de sua participação majoritária a seguradora Life Insurance Corporation Of India (Corporação de Seguro de Vida da Índia), em 2019, e fundiu 14 bancos do setor público nos últimos quatro anos.
Em dois dias de paralisação, o Fórum de Unidade dos Sindicatos estima que dois milhões de cheques não foram processados nas três redes bancárias nacionais: Chennai, Mumbai e Délhi.
Dirigentes sindicais ressaltam que todos os bancos públicos continuaram obtendo lucro, mesmo durante a pandemia, o que enfraquece o argumento para sua venda.
O líder opositor Rahul Gandhi, acusou o governo de "privatizar o lucro" e "nacionalizar o prejuízo", buscando favorecer empresários aliados de Modi nas privatizações de empresas púbicas.
GOI is privatising profit & nationalising loss.
— Rahul Gandhi (@RahulGandhi) March 16, 2021
Selling PSBs to Modicronies gravely compromises India’s financial security.
I stand in solidarity with the striking bank employees.#BankStrike
*Com informações de NewsClick e Prensa Latina
Edição: Poliana Dallabrida