Em apoio a Lula

Boulos aponta "nova farsa" do MPF em acusação por invasão ao triplex do Guarujá

"Não estive no dia", diz Bouloes; ele têm 10 dias, contados a partir desta quinta (25), para responder à denúncia

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Em nota à imprensa, a assessoria de Guilherme Boulos afirmou que “a acusação feita pelo MPF é a nova farsa do triplex”
Em nota à imprensa, a assessoria de Guilherme Boulos afirmou que “a acusação feita pelo MPF é a nova farsa do triplex” - Elineudo Meira / @fotografia.75

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, agora é réu pela invasão ao triplex do Guarujá (SP), em abril de 2018, em protesto à prisão do ex-presidente Lula.  

A juíza Lisa Taubemblatt, da 6ª Vara Federal de Santos (SP), recebeu a denúncia do Ministério Público Federal, nesta quinta-feira (25), em um despacho no qual afirma que a acusação do MPF demonstra “a existência de justa causa para a persecução penal". No ano passado, a juíza Lisa Taubemblatt rejeitou uma ação penal contra Lula pela invasão ao apartamento.

Agora, Boulos e dois outros acusados, Anderson Dalecio e Andreia Barbosa da Silva, ambos do MTST, têm 10 dias, contados a partir de ontem, para responderem à denúncia. 

De acordo com a acusação do MPF, os três teriam cometido o crime de "destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção", de acordo com o artigo 346 do Código Penal, que prevê uma pena de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. 

Nas redes sociais, Boulos afirmou que a ação foi “descabida, farsante, politizada pelo Ministério Público Federal atribuindo a mim crime, eu que como mostrei, não estive no dia”. 

Em nota à imprensa, a assessoria de Guilherme Boulos afirmou que “a acusação feita pelo MPF é a nova farsa do triplex”.

Para Boulos, a decisão da juíza, mostra novamente que a Justiça vem “sendo conivente com as atrocidades promovidas no âmbito da Lava Jato, que estão novamente em evidência com a divulgação de novas conversas comprometedoras entre procuradores”. 

Para a defesa do coordenador do MTST, a decisão “certamente será revista” por considerá-la “absurda”. “Há certeza de que Boulos não praticou nenhum crime e também convicção da inocência dos militantes do MTST, já expressa na recusa, por reiteradas vezes, de ofertas de acordo do Ministério Público e no pedido de julgamento antecipado do caso, que não foi atendido”, afirma em nota.

Também nas redes sociais, Ivan Valente, deputado federal pelo PSOL-SP, defendeu que a acusação é o lavajatismo em fim de feira tentando criar mais um fato político. É mais uma farsa com o triplex do Guarujá”.

Edição: Leandro Melito