O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) concluiu a investigação sobre o suposto caso do esquema da "rachadinha" na época em que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) exercia o mandato de deputado estadual pelo Rio.
Segundo informações do jornal O Globo, o primogênito da família Bolsonaro e seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, serão denunciados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia será entregue nesta terça-feira (29) ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
De acordo com a reportagem, o atual senador Flávio Bolsonaro será apontado como líder da organização criminosa e, Queiroz, como o operador do esquema de corrupção que funcionava no antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
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A partir dos dados das quebras de sigilo bancário e fiscal, os promotores apontam que o senador usou, pelo menos, R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo do esquema das rachadinhas.
A investigação do MP-RJ teve início em julho de 2018, depois que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz. Além disso, foi apontado no documento que oito assessores de Flávio faziam repasses para Queiroz que colocou familiares dentro do esquema de corrupção.
Novas denúncias
Na última segunda-feira (29), reportagem do portal UOL mostrou que duas assessoras repassaram um total de R$ 27 mil, após seus salários e auxílio-alimentação caírem em suas contas bancárias ao advogado de Flávio Bolsonaro durante o período da campanha eleitoral do ano de 2018.
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Ainda segundo a apuração do UOL, ao todo foram realizados 22 repasses todos os meses entre junho e dezembro de 2018, período que abrangeu as eleições, ao advogado Luis Gustavo Botto Maia, responsável pela parte jurídica da candidatura de Flávio Bolsonaro ao Senado. Ele recebeu depósitos regulares de Alessandra Cristina Oliveira (15) e Valdenice Meliga (7).
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Leandro Melito e Jaqueline Deister