O auxílio emergencial diminuirá de R$ 600 para R$ 300 a partir de setembro, se estendendo por quatro meses, anunciou o governo federal nesta terça-feira (1º). No encontro em que foi definido o novo valor, o ministro da Economia Paulo Guedes defendeu novas parcelas de R$ 200, mas cedeu aos R$ 300.
Para estabelecer as novas parcelas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve enviar uma medida provisória para o Congresso Nacional.
Com a MP, também deve ser encaminhado um pedido para que o valor de R$ 300 não seja alterado visto que, nas primeiras discussões sobre o auxílio emergencial, no início da pandemia, o governo sugeriu R$ 200, mas os parlamentares aumentaram o benefício para R$ 600.
Dessa vez, no entanto, o valor de R$ 300 proposto polo governo deve ser mantido, segundo sinalizou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Inicialmente, o auxílio emergencial foi criado para durar três meses: abril, maio e junho. Depois houve uma prorrogação de dois meses, entre julho e agosto, devido à continuidade da pandemia de covid-19 no Brasil e o consequente agravamento da crise econômica.
Segundo o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado também nesta terça-feira (1º), o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 9,7% no segundo trimestre de 2020 em relação aos trimestre anterior.
Em números absolutos, o valor do PIB em R$ 1,653 trilhão representa a segunda queda do PIB seguida e o menor resultado desde o início da série histórica, em 1996.
Não vamos aceitar a redução para 300 até dezembro. Renda justa, o básico tem que ser permanente.
— Ivan Valente (@IvanValente) September 1, 2020
URGENTE
— Erika Kokay (@erikakokay) September 1, 2020
Bolsonaro acaba de anunciar prorrogação do auxílio emergencial por 4 meses no valor de R$ 300.
Ele e Guedes sempre defenderam R$ 200. Nós, da oposição, conquistamos os R$ 600 no Congresso Nacional.
Edição: Leandro Melito