sem critério

Santander demite 30 funcionário em uma semana mesmo lucrando 10% a mais na pandemia

Levantamento do Dieese mostra que no primeiro trimestre deste ano, banco teve um lucro de mais de R$ 3,8 bilhões

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Banco havia firmado acordo de não demitir funcionários no mês de maio; na primeira semana de junho realizou as 30 dispensas - Foto: Marcos Santos/ USP IMAGENS

Em menos de uma semana, o banco espanhol Santander demitiu pelo menos 30 funcionários, em todo país, durante a pandemia. O levantamento é do Sindicato dos Bancários, que disse que o mapeamento ainda está sendo feito, e o número de pessoas que perderam o emprego pode ser maior.

Em março, o banco, junto com outras instituições financeiras, assinou um acordo batizado como "Não Demita", assumindo o compromisso de não demitir ninguém durante a pandemia de coronavírus.

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Em nota, o banco informou que o acordo valia até maio, e que em junho já retomou o processo de reavaliação do nível de produtividade das equipes.

A explicação não convenceu Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Santander. Ela diz que a postura do banco no Brasil é muito diferente da adotada em todos os outros 150 países em que a instituição financeira atua.

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Segundo o sindicato da categoria, além das demissões, o banco tem forçado o retorno ao trabalho presencial durante a pandemia.

Levantamento do Dieese mostra que no primeiro trimestre deste ano, o Santander teve um lucro de mais de R$ 3,8 bilhões - um crescimento de mais de 10% nos lucros em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Nesse período, ele foi o único entre os cinco maiores bancos do país com aumentos nos lucros.

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Em março, o governo federal liberou mais de R$ 1 trilhão para reforçar a segurança do sistema financeiro durante a pandemia.