Pandemia

Com aumento das mortes, Manaus enterra vítimas da covid-19 em valas coletivas

Grande número de sepultamentos no cemitério público Tarumã, na zona oeste da cidade, levou Prefeitura a adotar a medida

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

Retroescavadeira abre vala coletiva em cemitério público na zona oeste de Manaus - Michael Dantas/AFP

Com o crescimento de mortes causadas pela pandemia do coronavírus, a Prefeitura de Manaus decidiu adotar o sistema de trincheiras para enterrar vítimas da covid-19 no Cemitério Público Nossa Senhora Aparecida, localizado no bairro Tarumã, zona oeste da cidade.

Imagens e vídeos de diversos caixões sendo enterrados na vala coletiva circularam amplamente nas redes sociais na manhã desta terça-feira (21), com alerta de familiares sobre a necessidade da proteção contra a contaminação do novo coronavírus.

Em nota enviada ao Brasil de Fato, a Prefeitura afirma que a metodologia da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) é utilizada em outros países e que estão preservadas as identidades dos corpos e os laços familiares.

Segundo o órgão, há distanciamento entre os caixões e está sendo feita a identificação correta de cada sepultura. Na segunda-feira (20), 156 óbitos foram registrados em Manaus.

:: Com saúde em colapso, serviço público de Manaus possui apenas seis carros funerários ::

A prefeitura informou ainda que, devido aos recorrentes conflitos entre familiares e imprensa, o acesso ao cemitério Tarumã está restrito a cinco pessoas por família. A medida, segundo o governo, foi estabelecida com o objetivo de preservar a privacidade e o luto, além de considerar o risco de propagação do novo coronavírus.

Segundo dados da Fundação de Vigilância de Saúde (FVS), divulgados na segunda-feira (20), o estado do Amazonas tem 2.160 casos confirmados.

Edição: Camila Maciel