A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou estado de emergência de saúde pública global com o surto do novo coronavírus na China, na tarde desta quinta-feira (30). Até o momento, são quase 8 mil casos confirmados, com 171 mortes -- todas em território chinês. Fora de lá, são 98 pessoas contaminadas, em 18 países, segundo a OMS.
Na prática, a declaração representa que há um risco de saúde mundial. A partir do decreto de estado de emergência, a organização se unirá a autoridades e governos para traçar um plano de ação coordenado de combate à doença.
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Ao anunciar a declaração, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que confia na capacidade da China de controlar o surto. “Nós queremos que vocês saibam que o mundo todo está com vocês”, disse.
Provas científicas
Ghebreyesus pediu para que os países sigam à risca as recomendações da OMS, sempre baseadas em provas científicas e não em suposições. “Pedimos que todos os países implementem as decisões baseadas em provas. A OMS está pronta para aconselhar qualquer país que esteja avaliando.”
Segundo o diretor-geral, as relações internacionais de comércio e turismo não devem ser afetadas com a declaração de emergência. “Não há razão para medidas que interfiram diretamente em viagens internacionais e comércio. A OMS não recomenda a limitação do comércio ou de movimento neste momento.”
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Ghebreyesus ressaltou que, neste momento, é necessário um esforço mundial para combater a desinformação e as fake news.
“A única forma para derrotar esse surto é com todos os países trabalhando juntos com espírito de solidariedade e cooperação. Só podemos interromper esse surto juntos. É hora dos fatos, não do medo. É a hora da ciência, não de rumores. É a hora da solidariedade, não do estigma.
Edição: Camila Maciel