Na terça-feira (24), a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará deu um significado ainda maior à expressão “casa do povo”. Com o Plenário 13 de Maio completamente lotado de movimentos sociais, políticos, movimentos sindicais, movimentos populares e moradores do campo, a Assembleia realizou uma sessão solene em homenagem aos 35 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e aos 30 anos do MST no Ceará.
Na ocasião, foi entregue ao economista e um dos principais dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedro Stédile, o título de Cidadão Cearense. Também foram feitas homenagens à representantes do MST que escreveram história na luta pela reforma agrária. Foram eles: Maria de Jesus da Silva Barros, Maria Lima, Maria de Fátima Miguel Ribeiro, Francisco Ferreira Lima e Francisco Paes.
A solenidade teve início com um vídeo mostrando um pouco a luta e a trajetória do MST, em seguida foi realizada uma mística de abertura com uma apresentação artística. Em seguida, o deputado estadual, Elmano de Freitas (PT) deu início às falas. Ele lembrou a sua trajetória de luta ao lado dos companheiros do MST e discursou sobre a importância da existência do MST para o estado do Ceará. “Quer saber da importância de um movimento? É só imaginar como seria a vida sem ele”.
Fátima Ribeiro foi uma das homenageadas e falou em nome de todos. Em sua fala lembrou do início do movimento no Ceará e da alegria em estar comemorando a existência de um movimento tão bravo como o MST. “Cada pessoa, cada entidade que está aqui é responsável pela existência do MST”, e continua. “O movimento foi se espalhando do Interior até chegar ao litoral. Esse sonho plantado não foi em vão. A resistência está aí. Continuem firmes, animados nessa força e nessa esperança”.
O mais novo cidadão cearense, João Pedro Stédile disse que os membros do MST aqui no Estado são herdeiros de muitos lutadores do Ceará que nos antecederam. Em seguida, já como cidadão cearense oficialmente, afirmou, “Sou privilegiado por herdar todo esse patrimônio histórico de luta”. Stédile também fez críticas ao agronegócio e ressaltou a iniciativa cearense de proibir a pulverização aérea de agrotóxico como pioneira no Brasil.
Participaram da mesa: o deputado estadual, Elmano de Freitas (PT); o economista e um dos principais dirigentes do MST, João Pedro Stédile; o ex-senador José Pimentel; o prefeito de Quixadá, Ilário Marques(PT); o vereador de Fortaleza, Ronivaldo Maia (PT); a integrante da direção nacional do MST, Irineuda Monte Lopes; representante da Pastoral da Terra, Senhorinha Soares da Silva e; o superintendente do Instituto de Planejamento de Fortaleza, Eudoro Santana.
Edição: Monyse Ravena
