O especialista em segurança e privacidade na internet Ola Bini foi preso no Equador no dia 12 de abril de 2019, horas após o governo equatoriano revogar o asilo do fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Na quinta-feira passada (2), uma turma de um tribunal de Quito, capital do país, negou o recurso da defesa para soltar o programador por dois votos a um.
“Não há nome para o que foi feito hoje. Isso será denunciado no Equador e no exterior”, afirmou um dos advogados de Ola Bini, Carlos Soria, logo após a decisão do colegiado, segundo o Peoples Dispatch. “Estamos nos sentindo humilhados e vulneráveis com a decisão”, ressaltou.
A promotoria acusa Bini de proximidade com Julian Assange, mas a defesa e os familiares afirmam que não foram apresentadas provas de que teria sido cometido nenhum crime.
Pouco antes da audiência que manteve Ola Bini preso, o The Real News, site parceiro do Brasil de Fato, conversou com os pais do programador. "Ser amigo de Assange não deveria ser crime", ressaltou a mãe do ativista, sobre a ausência de provas e acusações claras de qualquer atividade ilegal.
Assista à entrevista legendada em português abaixo:
Edição: The Real News | Tradução: Aline Scátola