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Panamá elegerá novo presidente neste domingo; conheça os principais candidatos

Empresário pecuarista Laurentino Cortizo, do Partido Revolucionário Democrático (PRD), é favorito para vencer o pleito

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Laurentino Cortizo (foto) é favorito, seguido por Rómulo Róux, de direita, e Ricardo Lombana, que concorre de forma independente
Laurentino Cortizo (foto) é favorito, seguido por Rómulo Róux, de direita, e Ricardo Lombana, que concorre de forma independente - Foto: Luis Acosta/AFP

Mais de 2,7 milhões de panamenhos são esperados nas urnas, no domingo (5), para escolher o próximo presidente da República, além de deputados, prefeitos e vereadores. Sete candidatos disputam o posto mais alto do país. 

Segundo uma pesquisa de intenção de votos feita pelo instituto espanhol GAD3 e divulgada pelo jornal La Prensa, o empresário pecuarista Laurentino Cortizo, do Partido Revolucionário Democrático (PRD), de centro esquerda, é favorito para vencer o pleito; seguido do ex-chanceler e advogado Rómulo Roux, do Mudança Democrática (MD), de direita; e de Ricardo Lombana, que disputa de forma independente.
No Panamá não há segundo turno. Desta forma, o novo mandatário será conhecido após a apuração do pleito deste final de semana. O Brasil de Fato organizou um pequeno resumo sobre os principais candidatos à presidência. Confira: 

Laurentino Cortizo

Favorito para vencer as eleições presidenciais representando o PRD, Laurentino Cortizo, de 66 anos, afirma buscar a vitória para “fechar a brecha da desigualdade para que ninguém fique para trás”. O criador de gado e conhecido como Nito, Cortizo foi ministro do Desenvolvimento Agropecuário em 2004, durante o governo de Martín Torrijos (2004-2009). 

O programa do candidato é focado principalmente na entrega de melhores serviços públicos à população, sem que para isso precise pautar a privatização. A plataforma destaca os setores de fornecimento de água potável e cuidados médicos. 

Cortizo também promete trazer melhorias na educação, reformar o Estado, impulsionar a economia e combater a pobreza e a desigualdade. Além disso, o candidato afirmou que pretende criar os ministérios da Cultura e da Mulher. 

Caso ganhe, o PRD, fundado pelo líder Omar Torrijos, voltará ao poder depois de uma década de controle da oposição. Segundo a pesquisa do GAD3, Cortizo possui 27,9% das intenções de voto. 

Rómulo Róux

Aos 54 anos, o ex-chanceler aparece em segundo lugar representando o Mudança Democrática (MD). Rómulo Róux foi também ministro do Canal durante o governo do hoje preso ex-presidente Ricardo Martinelli, que comandou o país entre 2009 e 2014. 

Advogado e fã de esportes, o candidato baseia sua campanha na reativação da economia panamenha e na criação de mais postos de trabalho. 

Róux tenta se desvincular da imagem de Martinelli, investigado por ligação em inúmeros casos de corrupção e condenado por uso de dinheiro público para espionar ilegalmente mais de 150 pessoas. 

Segundo a pesquisa do GAD3, Róux aparece em segundo lugar com 16,9% das intenções de votos. 

Ricardo Lombana

Surfando na crise de representação política que atravessa o Panamá devido a inúmeros casos de corrupção, Ricardo Lombana concorrerá às eleições de forma independente. 

O candidato propõe a convocação de um referendo constituinte. O novo texto, segundo ele, irá retirar parte dos poderes presidenciais, limitar o uso de fundos públicos e fazer uma reforma no sistema judicial. Lombana também promete aumentar a pena para os crimes de corrupção. 

O jornalista de 45 anos possui 15,3% das intenções de voto, segundo a pesquisa do GAD3. 

Além dos três candidatos mais bem colocados, concorrem à presidência o oficialista José Isabel Blandón, do Partido Panameñista (PP); Sául Méndez, da Frente Ampla por la Democracia (FAD) -- único candidato progressista a disputar o pleito --; Ana Matilda Gómes, que concorre de forma independente, sendo a única mulher na disputa; e Marco Ameglio, que também busca dirigir o país de forma independente. 

Edição: Rodrigo Chagas