A sentença que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a 12 anos e 11 meses de prisão no processo relacionado a um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, apresenta ao menos um equívoco em sua redação, ao se referir a um delator. A juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro na condução dos processos Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba, menciona Léo Pinheiro e José Aldemário como pessoas distintas em parte de sua decisão.
“Embora a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva tente diminuir a credibilidade dos depoimentos prestados por colaboradores e pelos co-réus Léo Pinheiro e José Aldemário [...]”, diz o texto, na página 116.
Em contradição com este trecho, outros fragmentos da sentença colocam os nomes do delator como sinônimos.
Leo Pinheiro é o apelido pelo qual é conhecido José Aldemário Pinheiro Filho, empreiteiro da OAS. O depoimento dele, que inicialmente inocentava o petista, é considerado o principal elemento para a condenação de Lula. Pinheiro modificou sua versão dos fatos após conseguir viabilizar um acordo de delação premiada.
Edição: Rafael Tatemoto