O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu mais uma vez o governo de Nicolás Maduro como legítimo. Segundo Morales, os Estados Unidos querem uma Venezuela devastada e empobrecida - como ficaram Iraque e Líbia.
"As ameaças dos Estados Unidos contra a Venezuela são ameaças à convivência pacífica na América Latina. Querem provocar enfrentamento entre irmãos com guerra e violência", escreveu Morales em sua conta no Twitter. "O império quer que a Venezuela seja devastadas e fique empobrecida, como aconteceu com o Iraque e a Líbia".
No dia 23 de janeiro passado, o presidente da Assembleia Nacional Venezuelana, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente do país, com o apoio dos Estados Unidos e de alguns países da América Latina, entre eles o Brasil. A autoproclamação foi rejeitada pela OEA (Organização dos Estados Americanos) e pelo Conselho de Segurança da ONU, que continuam a reconhecer Nicolás Maduro, recentemente empossado para um novo mandato, como presidente do país.
Para Morales, as sanções dos EUA contra a empresa estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), que impedem a empresa de comercializar com entidades americanas e confisca US$7 bilhões em ativos, violam a Carta das Nações Unidas, que reconhece a igualdade e a soberania dos Estados, bem como a livre autodeterminação dos povos.
O presidente boliviano, tradicional aliado de Maduro, disse ainda que as sanções contra a PDVSA e a pressão internacional comandada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, são uma medida que busca contornar o fracasso da diplomacia norte-americana em justificar uma intervenção militar.
“Ao fracassar na ONU em sua defesa de uma intervenção militar que permita se apossar do petróleo da Venezuela, os Estados Unidos arbitrariamente confiscam o dinheiro do povo venezuelano para financiar o golpe. Os Estados Unidos atentam contra a paz e o direito dos povos de dispor de seus recursos naturais", completou Morales, num novo tuíte.
Morales disse ainda que a América Latina é uma "região de paz" e conclamou a região a "promover a resolução pacífica dos conflitos e uma cultura de paz no continente e no mundo".
(*) Com Cubadebate e Notimex.
Edição: Opera Mundi