A partir de hoje até o dia da eleição, 7 de outubro, o Brasil de Fato Paraíba estará realizando entrevistas com candidatos(as) da esquerda ao legislativo estadual e federal. Serão entrevistadas as candidaturas mais expressivas dos seguintes partidos: Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB), todos integrantes da Frente Brasil Popular na Paraíba.
Esta semana iniciaremos a rodada de entrevistas com quatro candidatos(as) à Câmara Federal. Começando com Gregória Benário do PCdoB. Os(as) próximos(as) serão: Frei Anastácio (PT), Sandra Marrocos (PSB) e Marcos Henriques (PT) – não necessariamente nesta ordem.
Gregória Bezerra é a atual presidenta estadual do PCdoB da Paraíba. É advogada, professora e militante feminista, já trabalhou junto a mecanismo institucionais de combate à violência contra a mulher em João Pessoa e Campina Grande. Conheça agora sua candidatura e as pautas que defende.
1. Para você o que está em jogo nessas eleições?
Nessas eleições o que está em jogo é a democracia e a garantia da soberania nacional, o retorno para o desenvolvimento do nosso país, em que as forças conservadoras, oligárquicas e reacionárias, anda de olho na tomada do poder, na perspectiva da dominação das nossas riquezas.
Outra questão que também está em jogo é que, desde 2016, com o golpe instalado em nosso país, esta eleição se torna decisiva para a retomada pelo voto, o exercício da cidadania, de um governo popular e progressista.
2- Por que você é candidata?
A candidatura surge através de pedido coletivo, e também por conta do momento complexo que a minha geração vive. Tem, também, a questão da representatividade. É uma candidatura que vem, de fato, mostrar o protagonismo das mulheres no cenário político e nos espaços políticos. Eu, como mulher, jovem e alinhada aos movimentos sociais feministas estou candidata, também, para dizer que a representatividade feminina pode acontecer, deve e vai acontecer.
Pretendemos revogar as reformas instaladas pelo desgoverno Temer e mostrar que qualquer pessoa pode exercer um cargo parlamentar quebrando as barreiras que são instaladas em nosso estado por linhagens políticas, forças oligárquicas que estão presentes em nosso estado, mostrando que as candidaturas podem e devem ser exercidas partindo do povo e da luta do povo.
3- Quais serão suas principais linhas de atuação?
Primeiro é a construção de um mandato popular. Costumo dizer que é escancarar as portas do gabinete para que, de fato, tenha representatividade do povo, a participação do povo, que esse gabinete e que esse mandato venham, de fato, dialogar com a população.
A outra é a construção de emendas participativas, que é algo que não se fala entre os parlamentares, mas que nós defendemos. O que seria a emenda participativa? Discutir as aprovações, discutir os orçamentos partindo de cada particularidade e necessidade regional da Paraíba.
Falar das mulheres: Nós precisamos discutir políticas públicas concretas, efetivas para as mulheres na sua complexidade, na pluralidade. Defendendo a efetividade da Lei Maria da Penha, os direitos sexuais e reprodutivos, gerar emprego e renda e mais creches.
Precisamos também avançar com as políticas públicas para a população LGBTQI+ e garantir a cidadania plena desse seguimento.
Na Saúde defendemos o SUS público e de qualidade. O Sistema Único de Saúde deve, sim, permanecer, mas com sua totalidade, universalidade e com a qualidade para nossa população. Sem a privatização e sem a utilização para privatização.
Na área de Juventude precisamos discutir políticas públicas para a nossa juventude, garantindo primeiro emprego e perspectiva educacional e de geração de renda, em especial para a nossa juventude negra. Também discutir lazer e educação.
Educação: precisamos retomar a educação. É preciso orçamento, investimento massivo para a ciência e a educação. Com o Governo Lula nós vimos os grandes avanços que a educação trouxe para a população que muitas vezes estava excluída, em especial da universidade pública.
Edição: Cida Alves