A abstenção nas eleições presidenciais da Venezuela, ocorridas neste domingo (20/05) e que deram a vitória ao presidente Nicolás Maduro, foi equivalente à registrada em dois outros pleitos na América do Sul, onde o voto também é facultativo: Chile (2017) e Colômbia (2014).
A diferença é que, ao contrário destes países, na Venezuela a oposição pregou o boicote ao pleito. Parte dos partidos oposicionistas decidiu não apresentar candidatos.
Com 98,6% de urnas apuradas, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela aponta uma participação de 46,08% do eleitores - ou seja, 53,92% de abstenção. Em 2014, quando Juan Manuel Santos venceu na Colômbia, a abstenção foi de 52,03%. No ano passado, no Chile, a vitória de Sebastián Piñera aconteceu em meio a uma abstenção de 50,98%. Os dados destes dois últimos países foram coletados dos resultados definitivos apresentados pelos serviços eleitorais de cada nação.
Segundo o CNE, Maduro tem 67,8% dos votos, contra 20,9% do candidato de oposição, Henri Falcón. Javier Bertucci, com 10,8%, e Reinado Quijada, com 0,4%, completam a lista.
Com a vitória, Maduro irá para o segundo mandato presidencial, que se estenderá até 2025. Ele governa o país desde 2013, quando morreu o ex-presidente Hugo Chávez.
Estas eleições presidenciais marcaram o quarto pleito em menos de um ano na Venezuela, que já votaram para a Assembleia Nacional Constituinte, governadores e prefeitos. Em 19 anos de governo chavista, essa foi a 24ª eleição no país.
Edição: Opera Mundi