Desigualdades

Estados do Norte têm taxa de mortalidade infantil acima da média nacional

Enquanto a taxa média nacional de mortalidade infantil é de 12%, Roraima possui índice de 20%

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Para coordenadora do estudo, dados revelam a situação da criança e do adolescente em relação à saúde e à educação
Para coordenadora do estudo, dados revelam a situação da criança e do adolescente em relação à saúde e à educação - Arquivo/Agência Brasil

A taxa de mortalidade infantil em estados do Norte do país está acima da média nacional. É o que mostra o estudo “Cadê? Brasil – Crianças e Adolescentes em Dados e Estatísticas”, que traz as informações com foco na primeira infância.

Enquanto a taxa média nacional de mortalidade infantil é de 12%, Roraima aparece em primeiro lugar no ranking, com índice de 20%.  A cada 1.000 bebês nascidos vivos, 20 morrem durante o primeiro ano de vida no estado.

Amapá vem logo depois, com 18%. Em seguida vem o Acre, com 16%;  Amazonas e Pará, com 15%, e Rondônia, com 14%.

A coordenadora do estudo, Milda Moraes, considera os números preocupantes.

"Te possibilita perceber como é que está a situação da criança e do adolescente em relação à educação, à saúde."

Outro dado que aparece na pesquisa é a proporção de crianças menores de 5 anos, com peso abaixo do ideal, em 2015. Mais uma vez estados da Amazônia Legal têm um desempenho negativo.

No Brasil, 134 mil crianças apresentaram magreza acentuada. Dessas, 11,4 mil e são do Maranhão e cerca de 9 mil, do Pará. Milda Moraes destaca outros índices.

"O Pará está entre os 4 estados que têm o maior índice de mortalidade infantil de filhos de mães adolescentes. A taxa brasileira de incidência de AIDS em crianças menores de 5 anos, para cada 100 mil habitantes, 1 tinha AIDS. Quando a gente pera Roraima, a taxa é de 4.3, é quase 4 vezes maior do que a taxa nacional."

O relatório foi realizado pelo Instituto Marista Assistência Social, com dados do Instito Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de órgãos oficias, como o Ministério da Saúde e o da Educação.

Edição: Radioagência Nacional