O número de crianças brasileiras de 5 a 9 anos que trabalha cresceu, conforme dados do Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil, divulgado na terça-feira (21) pela Fundação Abrinq.
Em 2005, cerca de 312 mil crianças entre 5 e 9 anos trabalhavam. Ao longo dos oito anos seguintes houve queda, chegando a 60 mil. No entanto, já em 2014, o número aumentou para quase 70 mil e, em 2015, o número de crianças nesta faixa etária que trocava a escola e as brincadeiras pelo trabalho ultrapassou os 78 mil.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) proíbe o trabalho infantil para menores de 14 anos.
Outros dados trazidos pelo documento da Fundação Abrinq são em relação à pobreza. O relatório mostra que 17 milhões de crianças entre 0 a 14 anos moram em lares de baixa renda. Outras 5,8 milhões de crianças nesta faixa etária vivem em extrema pobreza, ou seja, em famílias cuja renda é inferior a R$ 230 por mês.
A publicação destaca também que 25% dos bebês nascidos na região Norte são de mães com menos de 19 anos; e 70% das crianças brasileiras não têm acesso à creche. Sobre homicídios, 18% dos casos no país são contra menores de 19 anos.
O Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil reúne 23 indicadores sociais relacionados ao público de 0 a 18 anos, tais como: mortalidade, nutrição, gravidez na adolescência, cobertura de creche, escolarização, trabalho infantil, saneamento básico, violência, entre outros. Todos os dados deste relatório podem ser encontrados no site observatoriocrianca.org.br.
Edição: Vivian Fernandes