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1º de maio: Privatização da Sabesp vai penalizar trabalhadores e prejudicar população

Central do Brasil entrevista José Faggian, presidente do Sintaema, sobre as consequências da venda da empresa

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Privatização da Sabesp vai penalizar trabalhadores e prejudicar população - Foto: Sabesp

Nesta segunda-feira, sindicatos e movimentos populares protestaram contra a privatização da Sabesp, a Empresa de Saneamento e Abastecimento de Água de São Paulo. O ato aconteceu em meio a disputa jurídica sobre a venda da estatal.

A justiça determinou que a Câmara Municipal de São Paulo só poderá votar a desestatização após apresentar um laudo de impacto orçamentário. Os vereadores já tinham aprovado a privatização em primeiro turno. A determinação da justiça afeta a votação do segundo turno.

A privatização Sabesp já foi aprovada pelos deputados estaduais, na Alesp, e sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas, autor da proposta, no final do ano passado. Mas, para ser concretizada, precisa também ser validada pelos municípios.

Para falar sobre o tema, o Central do Brasil desta terça-feira (30) entrevistou José Faggian, presidente do Sintaema, o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

“Uma das coisas que a Câmara Municipal tem feito para desviar desse assunto é dizer que a privatização já está autorizada [pela Alesp]. Na verdade, a Câmara Municipal de São Paulo é quem vai decidir, na prática, pela privatização ou não da Sabesp. A arrecadação do município de São Paulo é quase 50%, então nenhum investidor privado vai querer comprar Sabesp sem o município de São Paulo estar no negócio”, explica Faggian. 

Em caso de privatização da Sabesp, a situação dos trabalhadores pode ser fortemente impactada, a exemplo do que ocorreu com a Enel, que sofre de falta de mão-de-obra. Por conta da preparação para o processo de privatização, a Sabesp já está há bastante tempo sem concurso público, e passou de 24 mil trabalhadores para 10 mil até o final desse ano. 

“A gente também passa por um processo interno de reestruturação em que os trabalhadores estão sendo bastante penalizados. Mas eu gostaria de ressaltar que o principal penalizado nesse processo, com a dificuldade em ter o atendimento e a piora no serviço quando privatizar, é a população. O principal prejudicado nesse processo todo, sem sombra de dúvida, será o povo da cidade e do estado de São Paulo”, pontua Faggian. 

 A entrevista completa está disponível na edição desta terça-feira (30) do Central do Brasil, que pode ser acessada no canal do Brasil de Fato no YouTube.

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Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras parceiras. 

Edição: Matheus Alves de Almeida