Saneamento básico

Sindicatos e movimentos populares protestam contra privatização da Sabesp em meio a disputa judicial

Justiça determinou que a Câmara só poderá votar a desestatização após apresentar um laudo de impacto orçamentário

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
"Onde privatizou a tarifa aumentou. O serviço foi precarizado e a população pagou mais caro", afirma sindicalista. - Joanne Mota/Sintaema

Movimentos populares e sindicatos realizaram um ato contra a privatização da Sabesp na tarde desta segunda-feira (22) em frente à Prefeitura de São Paulo. O protesto ocorre em meio a uma disputa jurídica sobre o futuro da empresa, após a Justiça determinar que a Câmara só poderá votar a desestatização após apresentar um laudo de impacto orçamentário.

Segundo Renê Vicente, tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, o Sintaema, o principal objetivo do protesto foi chamar atenção do prefeito Ricardo Nunes.

“Ele quer entregar o saneamento básico a iniciativa privada, e as experiências que nós temos, não só no Brasil como em outros países, é que onde privatizou a tarifa aumentou. O serviço foi precarizado e a população pagou mais caro”, afirmou o sindicalista.

A Câmara Municipal já havia aprovado a privatização da empresa em primeira votação no dia 17 de abril. A decisão da juíza elina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara de Fazenda Pública da Justiça de São Paulo, diz respeito ao segundo turno.

A privatização está aprovada pela Assembleia Legislativa do estado e sancionada pelo governador do estado desde dezembro do ano passado. Agora, é necessário que os municípios validem a decisão dos deputados estaduais.


Ato contra a privatização da Sabesp realizado em frente à prefeitura / Joanne Mota/Sintaema

Edição: Matheus Alves de Almeida