Uma segunda manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo está marcada para a próxima quinta-feira (16). Na capital, o preço da passagem do transporte sobre trilhos aumentou de R$ 5 para R$ 5,20, e o da passagem de ônibus de R$ 4,40 para R$ 5, conforme anunciado em 26 de dezembro.
O reajuste de 13,6% da taxa cobrada para passar pela catraca do ônibus é o maior feito na capital paulista nos últimos 10 anos, mas a Prefeitura de Ricardo Nunes afirma que o aumento ainda está abaixo da inflação acumulada desde o último reajuste feito em 2020, em torno de 32%. "Caso a tarifa considerasse a recomposição da inflação, passaria dos R$ 4,40 para, no mínimo, R$ 5,84", diz a administração municipal.
Já o Movimento Passe Livre (MPL-SP) argumenta que a subida do preço vai na contramão do avanço do debate sobre o direito à cidade e de um cenário no país onde 118 municípios têm algum tipo de tarifa zero.
Primeiro ato
O primeiro ato ocorreu no fim da tarde desta quinta (9) em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, com rumo ao Vale do Anhangabaú, ambas as localidades no Centro.
Com o lema "Transporte não é mercadoria. Transporte é nosso direito", o ato convocado pelo MPL contou com a participação de entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), e outras organizações.
Na ocasião, os manifestantes carregavam faixas com críticas ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e ao governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pedindo o passe livre.
Edição: Martina Medina