Mobilização

Sem diálogo por parte da Amazon, trabalhadores mantêm greve durante o Natal nos EUA

A greve começou na manhã de quinta-feira (19) devido à recusa da direção da Amazon em negociar com o sindicato

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Trabalhadores da Amazon fazem piquete do lado de fora de uma instalação da Amazon na cidade de Industry, Califórnia, em 19 de dezembro de 2024 - Frederic J. BROWN / AFP

Os trabalhadores da Amazon nos Estados Unidos mantém a paralisação durante as festividades de Natal. A mobilização da categoria começou na quinta-feira (19) em protesto por melhorias salariais. No ano passado, a Amazon registrou um lucro líquido de US$ 30 bilhões (R$ 185,5 bilhões na cotação atual) sobre uma receita de 575 bilhões (R$ 3,5 trilhões na cotação atual).

“Quando eles (Amazon) vierem à mesa de negociações, é quando vamos parar”, disse Tony Rosciglione, tesoureiro do Teamsters Local 804 em Nova York, à AFP em uma entrevista por telefone de um piquete na cidade de Nova York. 

 A greve começou na manhã de quinta-feira (19) devido à recusa da direção da Amazon em negociar com o sindicato Amazon Labor Union (ALU), afiliado ao poderoso sindicato Teamsters (IBT) desde junho. 

Sete depósitos estão sendo afetados em Nova York, Atlanta, Califórnia e Illinois, de acordo com o Teamsters. O movimento envolve os funcionários afiliados à ALU e também motoristas terceirizados. O sindicato Teamsters representa cerca de 10 mil pessoas que trabalham para a Amazon. 

Os sindicatos têm reivindicado negociações há vários meses para um novo contrato coletivo e estabeleceram um ultimato para 15 de dezembro. A Amazon há muito tempo luta contra as campanhas de organização de trabalhadores, dizendo que favorece um relacionamento direto com os funcionários, sem o impedimento de terceiros. 

Originalmente um sindicato independente, os trabalhadores da Amazon votaram em junho para se afiliarem ao Teamsters. A Amazon tem procurado repetidamente bloquear os esforços de sindicalização, com processos judiciais em andamento.

*Com AFP

Edição: Leandro Melito