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Caso Genivaldo: ex-agentes da PRF são condenados por assassinato em porta-malas de viatura

Ex-agentes estavam presos desde 2022 e vão pegar entre 23 e 28 de prisão

São Paulo |
Genivaldo foi asfixiado com gases tóxicos dentro do porta-malas de um carro da PRF em maio do ano passado, em Sergipe - Mauro Pimentel/AFP

Os três ex-policiais rodoviários federais que torturaram e mataram Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado em uma viatura em 2022, em Umbaúba (SE), foram condenados na madrugada deste sábado (7), após 12 dias de julgamento na 7ª Vara Federal de Sergipe. 

Paulo Rodolpho Lima Nascimento foi condenado por homicídio triplamente qualificado, a 28 anos de prisão.  Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia foram condenados a pouco mais de 23 anos de prisão, por tortura seguida de morte. As penas foram agravadas pelo motivo fútil, pela asfixia e pelas circunstâncias que impossibilitaram a defesa da vítima. 

Todos eles já haviam sido exonerados e estavam presos desde outubro de 2022. A 7ª Vara Federal ouviu cerca de 30 testemunhas, incluindo parentes da vítima, peritos e especialistas. 

Genival foi assassinado em 25 de maio de 2022, após se parado em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), por estar sem capacete. 

Durante a abordagem, Genival foi agredido e trancado no porta-malas de uma viatura, no qual foi lançada uma grande quantidade de gás lacrimogêneo. Ele morreu asfixiado. 

Os agentes foram demitidos pelo então ministro da Justiça Flávio Dino, em agosto de 2023.  

Edição: Rodrigo Gomes