Escalada

Israel ataca a capital do Irã, que fala em 'reação proporcional'

De acordo com a agência Al Jazeera, explosões foram registradas nos arredores de Teerã

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O porta-voz militar de Israel Daniel Hagari em comunicado sobre os ataques contra o Irã - Exército de Israel/AFP

O exército de Israel fez ataques aéreos contra Teerã, a capital do Irã, na noite desta sexta-feira (25). O governo israelense informou que as investidas são um "ataque preciso" contra alvos militares e uma resposta aos envios de mísseis do governo iraniano em território israelense.  

De acordo com a agência de notícias Al Jazeera, explosões foram registradas nos arredores de Teerã. Os sistemas de defesa aérea foram ativados na capital, e nenhuma das instalações militares pertencentes à Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) foi atingida até o momento.  

Por meio da agência de notícias iraniana semi-estatal, o governo do Irã afirmou que está preparado para responder às “agressões israelenses”. "Não há dúvida de que Israel enfrentará uma reação proporcional a qualquer ação que tomar", informaram as fontes.

Pedidos de cessar-fogo

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, pediu a redução da escalada do conflito na região, que envolve a Faixa de Gaza, Irã, Líbano e Israel. 

“Precisamos urgentemente de um cessar-fogo, da libertação imediata e incondicional de todos os reféns, de uma entrega de ajuda eficaz, do fim da ocupação e de um progresso irreversível em direção a uma solução de dois Estados”, publicou nesta quinta-feira (24) em seu perfil no Twitter. 

No começo do mês, o Irã lançou ataques aéreos contra Israel no mesmo dia em que militares israelenses começaram a invasão terrestre do Líbano. Na época, a Guarda Revolucionária iraniana afirmou que o ataque foi uma resposta à morte do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, na semana passada, e a do líder do Hamas, que atua na Faixa de Gaza. O Irã é aliado dos dois grupos políticos militantes e vem entrando no conflito que começou em outubro do ano passado, quando o Hamas invadiu o território israelense.  

"Como qualquer outro país soberano no mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas", afirmaram os militares israelenses em comunicado. 

Edição: Rodrigo Chagas