Apesar da chuva ter vindo com intensidade bem menor à esperada para este final de semana, os moradores de pelo menos quarto bairros da capital paulista estão sem energia, segundo a concessionária de distribuição de energia Enel: Pinheiros, Vila Andrade, Jabaquara e Santo Amaro. Cerca de 51 mil casas estão sem energia na cidade.
No total, cerca de 111 mil casas ou comércios estão sem energia na área atendida pela Enel, na Grande São Paulo. Diadema, Itapecerica da Serra, Osasco e Cotia, são as cidades mais atingidas, além da capital.
Em nota, a Enel informou que até o meio-dia deste sábado foram registradas 700 ocorrências de falta de energia. "A Enel Distribuição São Paulo informa que mantém seu contingente mobilizado e atuando neste sábado (19). Cerca de 2.400 profissionais estão de prontidão", diz um trecho do documento.
Chuva perde força
A Defesa Civil de São Paulo informou neste sábado (19) que apesar de seguir em estado de alerta, o cenário em relação às chuvas está “mais ameno” no estado, pois a tempestade prevista este final de semana no estado perdeu força.
A previsão até domingo era de que haveria forte vendaval, com rajadas de vento chegando a 70 quilômetros por hora (Km/h), em níveis similares ao temporal ocorrido no final de semana passado.
Segundo a Defesa Civil, o estado de alerta em São Paulo segue até domingo, quando ainda poderão ocorrer chuva e ventos fortes. Segundo o órgão, é previsto precipitações que podem chegar a 250 milímetros em algumas regiões.
Preocupação
Ao menos 3,1 milhões de imóveis ficaram sem luz com o apagão iniciado na última sexta-feira (11) em São Paulo, segundo a própria Enel. Uma semana depois da tempestade, o serviço ainda não foi completamente restabelecido na cidade.
O Brasil de Fato foi visitar uma das regiões mais afetadas pela falta de energia na região central da cidade, no bairro da Barra Funda. Por lá, além das críticas à Enel, os moradores denunciam a falta de zeladoria da prefeitura na poda de árvores que caíram sobre a rede elétrica.
Osivaldo Rodrigues Pereira é dono de um restaurante na rua Doutor Ribeiro de Almeida. A especialidade da casa são os pratos feitos servidos durante o horário do almoço. Ele vive há mais de 50 anos no bairro.
“Fiquei três dias sem trabalhar. Perdi legumes, carnes, salgados, e bebidas que ficaram na geladeira, que já estavam geladas. Estragou. Foi para gelar de novo, não presta mais. Prejuizo demais de um monte de coisa”, explica o comerciante.
“Para todo mundo que a gente ligava, ninguém resolvia o nosso problema. Então nós ficamos aqui jogados às cobras”, completa Pereira.
Edição: Rodrigo Gomes