Os envolvidos na Chacina de Unaí, em Minas Gerais, foram condenados a pagar R$30 milhões para a União. A condenação aconteceu na Justiça Federal e o valor será utilizado para ressarcir os cofres públicos pelos gastos com as vítimas do crime, como pensões, auxílios e bolsas para os dependentes dos três auditores fiscais e do motorista assassinados enquanto investigavam denúncias de trabalho análogo à escravidão há 20 anos.
Os mandantes e intermediários do crime, que aconteceu em 2004, tiveram a prisão determinada no último ano. O fazendeiro e ex-prefeito de Unaí pelo PSDB, Antério Mânica, se entregou à polícia. Antes disso, ele declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL), que, atualmente, está inelegível. Antério foi eleito prefeito após o crime e atuou em dois mandatos consecutivos.
O irmão dele, também condenado como mandante da chacina, Noberto Mânica, ainda está foragido. José Alberto de Castro foi preso no ano passado e Hugo Pimenta em fevereiro deste ano.
Relembre o caso
Os auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram executados com tiros à queima roupa, após caírem em uma emboscada, armada a mando dos irmãos Norberto e Antério Mânica. O crime aconteceu na zona rural de Unaí, município no Noroeste de Minas Gerais. Eles investigavam denúncias de trabalho escravo na região.
Os Mânica foram condenados a 100 anos de prisão como mandantes do crime e recorreram em liberdade por quase 20 anos. José Alberto de Castro e Hugo Pimenta foram condenados por terem contratado os atiradores e também ficaram livres por quase 20 anos.
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Já Erinaldo Vasconcelos, Rogério Allan e William Miranda, atiradores responsáveis por executar os auditores e o motorista, estão presos desde 2004 e foram condenados em 2013.
Norberto Mânica continua foragido.
Fonte: BdF Minas Gerais
Edição: Ana Carolina Vasconcelos