Neste sábado, 7 de setembro, a 30ª edição do Grito dos Excluídos realizada em Curitiba teve como leva "Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?". Os manifestantes marcharam da Praça Garibaldi, no Largo da Ordem, até a Paraça Tiradentes.
O Grito dos Excluídos acontece anualmente no Dia da Independência, reunindo pastorais sociais, movimentos populares, sindicatos e associações para questionar as desigualdades sociais e exigir direitos. Desde sua criação, há 30 anos, o movimento busca chamar a atenção para a situação de vulnerabilidade de várias populações, convidando à reflexão sobre o verdadeiro significado de independência.
Ana Clara, militante do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), destacou a relevância de trazer à tona as violências enfrentadas por diferentes povos. "Vamos relembrar o genocídio da Palestina e o que acontece com os povos originários no estado do Paraná. Foi um momento importante para dar evidência às violências que ainda sofremos", disse.
O lema do Grito dos Excluídos deste ano foi "Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?" / Foto: Leonardo Henrique
Giorgia Prates, vereadora de Curitiba, reforçou o caráter de luta do evento. "Por mais que seja uma data de celebração, é também um dia de luta por direitos de todos aqueles marginalizados e excluídos da sociedade. Estamos aqui para dizer que não aceitamos que políticas públicas não sejam acessíveis para todos."
Elizete Santana de Oliveira, da Cáritas Curitiba, enfatizou a importância de retomar as ruas em defesa dos direitos fundamentais. "Hoje trouxemos a pauta dos povos em situação de rua, migrantes, a realidade do povo negro e indígena. O Grito dos Excluídos é um marco para lutar por moradia, saúde e educação."
A caminhada reforça a luta em defesa dos direitos fundamentais dos todos os povos. / Foto: Leonardo Henrique
O Grito dos Excluídos, iniciado em 1993 a partir da 2ª Semana Social Brasileira, promovida pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), transforma o 7 de setembro em um dia de protesto e mobilização social, com reforço ao apelo por dignidade e justiça para todos.
Fonte: BdF Paraná
Edição: Mayala Fernandes
