Guerra da Ucrânia

Ucrânia realiza massivo ataque na região russa de Kursk: o que se sabe até agora?

Civis são evacuados e há relatos de mortes de residentes locais; Putin fala em 'provocação de larga escala' de Kiev

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Imagem divulgada pelo governador da região de Kursk, Alexey Smirnov, mostrando danos causados ​​por bombardeios ucranianos na região de Kursk, na Rússia, em 6 de agosto de 2024 - Governador da região de Kursk / Telegram / AFP

As Forças Armadas da Ucrânia realizaram um grande ataque na região russa de Kursk na última terça-feira (6), operando uma incursão no território russo.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que os militares ucranianos tentaram romper a fronteira com tanques e veículos blindados. Como resultado dos bombardeios e ataques de drones, três residentes foram mortos e 24 pessoas ficaram feridas, incluindo seis crianças. 

A Ucrânia usou cerca de 300 militares,  apoiados por 11 tanques e mais de 20 veículos blindados, contra as posições das unidades que cobriam a fronteira do estado russo. Segundo o governador da região, Alexey Smirnov, os guardas de fronteira e o exército destruíram 16 unidades de equipamento das Forças Armadas Ucranianas na fronteira.

Inicialmente, o chefe da região de Kursk havia afirmado que "os soldados do serviço de fronteira do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) e das Forças Armadas da Federação Russa não permitiram que a fronteira fosse rompida". 

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Mas, ao mesmo tempo, canais de Telegram russos de monitoramento da guerra relataram intensos combates na região de Kursk. "De acordo com dados preliminares disponíveis de diversas fontes, o inimigo conseguiu trazer várias unidades de veículos blindados para o nosso território", escreveu o canal 'Dois Majores'

O presidente russo, Vladimir Putin, em reunião com membros do governo, comentou a situação na região de Kursk. Em um comunicado divulgado pelo Kremlin nesta quarta-feira (7), Putin classificou a situação como uma "provocação em grande escala por parte de Kiev".

"O regime de Kiev empreendeu outra provocação em grande escala: está disparando indiscriminadamente com vários tipos de armas, incluindo mísseis, contra edifícios civis, edifícios residenciais e ambulâncias", declarou Putin.

Posteriormente, o Ministério da Defesa russo afirmou que "a operação para destruir as unidades das Forças Armadas Ucranianas continua". De acordo com a pasta, mísseis, aviação e a artilharia "atingiram as forças inimigas, impedindo-as de avançar mais profundamente no território russo". 

Na região também foi organizada a evacuação de residentes da zona fronteiriça. Mais de 200 pessoas foram tiradas da zona de combate e cerca de mil pessoas também saíram da cidade por meio de transportes privados.

Edição: Rodrigo Durão Coelho