O principal candidato da oposição venezuelana, que vem alegando que houve fraude nas eleições presidenciais do último domingo, faltou nesta sexta-feira (2) em reunião no Tribunal Supremo de Justiça do país. A seção da mais alta corte do Judiciário venezuelano era oportunidade para a apresentação de provas, na abertura das investigações sobre o resultado do pleito.
A investigação foi provocada por um recurso apresentado por Nicolás Maduro, candidato declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral.
A medida é ferramenta para pedir à Justiça o cumprimento da Constituição em determinada situação. Ou seja, é um instrumento para questionar ações ou omissões de qualquer um dos Poderes. Neste caso, o pedido é para que a Sala Eleitoral da Corte investigue os ataques “o mais rápido possível”.
O único dos candidatos que disputaram a eleição que que não participou foi González. Além de Maduro, os outros 8 candidatos da oposição participaram. Todos eles pediram celeridade na divulgação dos resultados e falaram sobre a importância de que sejam apresentadas as atas eleitorais.
"Houve muita lentidão. Nós assinamos um acordo para respeitar os resultados e confiamos no árbitro. Mas o CNE demorou muito para mostrar as atas. É necessário que se esclareça o mais rápido possível para tirar esse manto de opacidade que levou a enfrentamentos e violência", disse Javier Bertucci, pastor evangélico e deputado pelo partido El Cambio.
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O sistema eleitoral do país ainda não divulgou o resultado segmentado das mesas eleitorais da Venezuela por um suposto ataque cibernético contra o sistema do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Maduro também disse que esse “ataque hacker” precisa ser investigado.
O CNE tem um período de 30 dias para publicar o resultado completo das eleições no Diário Oficial. As atas, no entanto, não são publicadas.
Nicolás Maduro também falou e disse que os 5 Poderes constitucionais da Venezuela estão constituídos, mas que precisam ser aperfeiçoados. Ele voltou a criticar Edmundo González Urrutia por não assinar um acordo para reconhecer os resultados e não participar da reunião na Justiça.
Edição: Rodrigo Durão Coelho