O ex-presidente dos Estados Unidos Donald, Trump, fez na quinta-feira (18) o primeiro discurso desde o ataque a tiros durante o comício do qual participou no sábado (13).
Apesar da especulação de que o candidato republicano traria um tom mais ameno e conciliador neste momento, Trump novamente atacou imigrantes ao prometer a retomada da construção do muro que divide México e Estados Unidos; afirmar – sem dados ou provas – o aumento da criminalidade entre imigrantes e incluir “a maior operação de deportação da história” dos EUA entre as promessas de candidatura.
No discurso que teve mais de uma hora e meia de duração, Trump criticou o governo de Joe Biden por encerrar políticas anti-imigração que ele colocou em prática durante seu governo, prometendo que, caso eleito, as ações devem ser retomadas já nos primeiros dias. “Com a liderança adequada, todo desastre que estamos enfrentando agora será corrigido — e será corrigido muito, muito rapidamente”, disse.
Antes, o ex-presidente chegou a tentar fazer um aceno à diversidade, citando imigrantes e democratas em falas sobre união, conforme prometido pelo partido após o ataque. Apesar disso, muito rapidamente recuperou o tom habitual, chegando a afirmar que "há uma invasão massiva em nossa fronteira sul que espalhou miséria, crime, pobreza, doença e destruição em comunidades por todo o nosso território".
O republicano também prometeu acabar com a política de incentivo aos carros elétricos e chamou de “ridículas” as leis ambientais adotadas recentemente pelos Estados Unidos. Seguindo a mesma linha, prometeu incentivos para a produção de energia.
Além disso, o discurso sinalizou uma ameaça do incentivo ao genocídio em Gaza a partir da promessa de que, caso seja novamente eleito, o ex-presidente fará com que o “Hamas pague um preço alto” se reféns israelenses não forem libertos até o momento de sua posse.
Utilizando um curativo na orelha, onde foi ferido durante o comício do dia 13, o ex-presidente dedicou parte do longo discurso a descrever o ataque a tiros durante o evento, homenageando o bombeiro Corey Comperatore, morto na ocasião.
Edição: Nathallia Fonseca