Na quarta-feira (3), o Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma recomendação para que todos os cemitérios do Rio de Janeiro preservem as ossadas de 27 pessoas mortas durante uma operação policial realizada em maio de 2021 no Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense. A ação da polícia que terminou com 28 mortos ficou conhecida como “Chacina do Jacarezinho”.
A decisão atendeu ao pedido da Rede de Atenção a pessoas Afetadas pela Violência de Estado (RAAVE) feito em junho deste ano. O objetivo da recomendação é assegurar que os restos mortais possam ser periciados caso o MPF decida pela federalização das investigações.
Além da operação no Jacarezinho, considerada a mais letal da história do Rio, a rede de atenção pediu ainda a federalização de outros três casos que estão sendo analisados pelo Ministério Público.
De acordo com a RAAVE, "os arquivamentos e a estagnação das investigações de casos de assassinatos cometidos por agentes públicos vêm causando sofrimento e adoecimento às famílias atingidas, violando-as em seu direito constitucional à verdade, memória, justiça e reparação".
A RAAVE é uma rede formada por grupos clínicos de atenção psicossocial, coletivos de familiares de vítimas da letalidade policial e instituições defensoras dos direitos humanos.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister