É São João! E, para marcar a data, o Bem Viver, programa do jornal Brasil de Fato, traz Anastácia, a rainha do forró, para celebrar a música e cultura nordestina que nesta época do ano faz todo mundo sair do chão.
"Quando chega São João é a mesma coisa, as pessoas preparam o comércio, tem gente que espera um ano todo. Quando era criança, eu lembro que eu ia juntando as moedinhas que sobravam e passava pela minha mão que é para comprar um pano para fazer um vestido de chita no São João. Depois dos 14 anos, eu já tinha outros objetivos, já ia cantar nos lugares em Recife e ganhar meu dinheirinho", conta.
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Aos 84 anos, a cantora e compositora pernambucana esbanja energia. "Eu posso sustentar uma hora e meia cantando forró, que é uma coisa que requer muito fôlego do cantador, tanto do homem como da mulher", afirma.
"Vou ficar por muito tempo, porque eu tenho medo de altura, então não quero ir pro céu, quero ficar por aqui", completa.
Matriarca da cultura nordestina, Anastácia está entre os grandes nomes do forró e da música brasileira, como Luiz Gonzaga, Jackson Do Pandeiro, Genival Lacerda e Marinês. Apesar disso, ela não deixa de ressaltar o machismo que venceu – e continua vencendo – para percorrer sua trajetória.
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"Antigamente dizia-se que forró era um gênero de música para homem cantar, porque tinha muito fôlego. E eu até brincava e dizia: 'mas se a mulher pode parir, que é muito mais complicado, imagina cantar forró'".
Anastácia compôs mais de 800 músicas, mas muitas delas deram notoriedade apenas para os intérpretes homens. Um dos maiores parceiros de composições foi Dominguinhos (1943-2013), com quem foi casada durante 11 anos e compôs mais de 200 músicas, entre elas os sucessos Tenho Sede e Eu só quero um xodó.
Apesar da invisibilidade do seu trabalho de compositora junto ao sanfoneiro, que conheceu na década de 1960 enquanto fazia turnê com Luiz Gonzaga, ela diz que superou as mágoas.
"A gente fez um trabalho tão bonito em prol da música nordestina e brasileira. E um trabalho que até hoje o povo gosta, e eu agradeço muito a Deus pela oportunidade de tê-lo conhecido e de ter vivido e vivenciado toda aquela história. Valeu a pena", conta a rainha do forró.
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Quando e onde assistir?
No YouTube do Brasil de Fato todo sábado às 13h30, tem programa inédito. Basta clicar aqui.
Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC.
Na TV Brasil (EBC), segunda-feira às 6h30.
Na TVCom Maceió: sábado às 10h30, com reprise domingo às 10h, no canal 12 da NET.
Na TV Floripa: sábado às 13h30, reprises ao longo da programação, no canal 12 da NET.
Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h, no canal 40 UHF digital.
Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital.
Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30, em Brasília no Canal 15 da NET.
TV UFMA Maranhão: quinta-feira às 10h40, no canal aberto 16.1, Sky 316, TVN 16 e Claro 17.
Sintonize
No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.
O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.
Edição: Geisa Marques