Um juiz federal dos Estados Unidos ordenou, nesta quinta-feira (6), ao ex-assessor-chefe da Casa Branca durante o governo de Donald Trump, Steve Bannon, que se apresente na prisão até 1º de julho para iniciar o cumprimento de sua pena de quatro meses, reportou a imprensa local.
Bannon, de 70 anos, foi declarado culpado de desacato em julho de 2022 por desobedecer uma convocação para depor no Congresso ao comitê que investigou o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio por parte de apoiadores de Trump.
Um dos autores intelectuais da campanha presidencial de Trump em 2016, Bannon foi condenado a quatro meses de prisão em outubro de 2022, mas permaneceu em liberdade enquanto recorria.
Em janeiro de 2023, Bannon e outros nomes influentes nos Estados Unidos comemoraram a invasão do Congresso Nancional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio da Alvorada por bolsonaristas insatisfeitos com os resultados das eleições.
Trump e Bannon teriam aconselhado Jair e Eduardo Bolsonaro (PL) a contestar o resultado das eleições no Brasil, de acordo com reportagem publicada pelo estadunidense The Washington Post em novembro de 2022.
Liderança da extrema direita global, Bannon manteve ao longo dos anos diversos encontros com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) - que conheceu pessoalmente em 2018, às vésperas da eleição de Jair Bolsonaro, com quem também se encontrou após a eleição.
O estrategista de Trump trabalhou até na definição da linha do discurso de Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU. Fora da agenda oficial, um dia antes de seu discurso, Bolsonaro se encontrou com Bannon para discutir a estratégia da sua fala.
Em março de 2019, Bannon participou de um jantar na residência oficial do embaixador do Brasil em Washington com a presença do presidente brasileiro. O evento também contou com a participação do extremista Olavo de Carvalho (1947-2022), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o então ministro da Justiça Sergio Moro.
Edição: Leandro Melito