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Presidente chinês Xi Jinping sugere 'conferência de paz' para encerrar conflito no Oriente Médio

Líder do país asiático defende a integração plena da Palestina na ONU

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se com líderes de países árabes - Jade Gao/AFP

O presidente da China, Xi Jinping, defendeu a realização de uma "conferência de paz" em busca de uma solução que leve ao fim do conflito que já causou a morte de mais de 36 mil palestinos pelas mãos do Estado de Israel.

Em reunião com líderes de países árabes em Pequim, Xi reforçou a postura chinesa de defesa de uma solução de dois Estados para por fim à disputa de décadas entre israelenses e palestinos, além de defender a plena integração palestina à Organização das Nações Unidas (ONU).

"O Oriente Médio é uma terra dotada de vastas possibilidades de desenvolvimento, mas a guerra está devastando-a. A guerra não deve continuar indefinidamente. A justiça não tem que estar ausente para sempre", disse o chefe de Estado chinês.

O encontro em Pequim reuniu líderes como o o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa; o presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohamed bin Zayed Al Nahyan; o presidente da Tunísia, Kaïs Saïed; e o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi.

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"Peço à comunidade internacional que forneça imediatamente assistência humanitária de longo prazo à Faixa de Gaza e ponha fim ao cerco israelense", afirmou Al-Sisi, que pediu ainda apoio para "impedir qualquer tentativa de forçar os palestinos a fugir de suas terras". 

A cúpula chinesa com os países árabes acontece em um contexto de escalada da violência promovida por Israel na Faixa de Gaza. Na quarta-feira (29) o Estado israelense afirmou ter tomado controle do corredor estratégico que conecta o território palestino ao Egito.

No último domingo (26), um bombardeio israelense em um campo de refugiados na região da cidade palestina de Rafah chocou a comunidade internacional, causando dezenas de mortes, incluindo de crianças, idosos e mulheres que ficaram carbonizados.

Já nesta quinta (30), moradores de Rafah relataram novos bombardeios e ataques na cidade. Segundo depoimentos de médicos à agência de notícias Reuters, pelo menos 12 pessoas foram mortas. 

Com informações da AFP.

Edição: Rodrigo Chagas