A greve dos professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica, que já soma 42 dias, tem um dia decisivo pela frente nesta segunda-feira (27), em encontro com o governo federal. Mas as negociações terão de superar um impasse entre os sindicatos que respondem pelos servidores.
Isso porque, o governo, por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, afirma que apresentou sua proposta final, que não prevê aumento para 2024, mas sim um reajuste gradual a partir de janeiro de 2025, que começará com 9%, e 5% em m2026.
Os servidores pediam reajuste de 7,06% já em 2024, de 9% em janeiro de 2025, e de 5,16% para 2026.
A proposta do governo foi recebida de forma distinta pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), que divergem sobre o fim da paralisação.
O Andes e outras entidades representativas das categorias paralisadas reivindicam a continuidade das negociações. Por outro lado, o Proifes sinalizou que pretende assinar o acordo e colocar um ponto final à paralisação. Em nota, o Andes criticou a postura do Proifes e informou que "repudia qualquer tentativa da Proifes ou qualquer outra organização que não seja o Andes e o Sinasefe [Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica] de falar em nome dos milhares de docentes federais".
O Proifes, por sua vez, classificou como "ação antissindical" a tentativa do Andes de impedir que a Federação atue em nome das categorias paralisadas.
É em meio a essa tensão entre os sindicatos que será realizado o encontro com o governo nesta segunda-feira (27). A reunião com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos está marcada para as 14h, e deve decidir os rumos da greve.
*Matéria atualizada para correção de informações.
Edição: Geisa Marques