Nesta terça-feira (21), a segunda turma do Supremo Tribunal de Federal (STF) extinguiu a condenação por corrupção passiva, no âmbito da Operação Lava Jato, do ex-deputado federal José Dirceu (PT).
Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, em abril deste ano, Dirceu confirmou que pretende voltar à disputa eleitoral em 2026. “Por justiça com a minha história, tenho o direito de voltar à Câmara como deputado”, contou o petista.
No julgamento, que começou em março de 2023, o relator Luiz Edson Fachin votou pela manutenção da condenação. Já o ex-ministro do STF, Ricardo Lewandovski, que atualmente chefia a pasta de Justiça e Segurança Pública, votou pela prescrição da pena, já que a aceitação da denúncia teria ocorrido fora da data da aceitação.
Na tarde desta terça-feira, os ministros Kassio Nunes Marques e Gilmar Mendes acompanharam Lewandovski e garantiram a maioria de três votos pela extinção da pena. Dirceu foi condenado a 8 anos, 10 meses e 28 dias pela 13ª Vara Federal de Curitiba, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia absolvido o petista pelo crime de lavagem de dinheiro.
"Seria justo"
Mais tarde, em nota divulgada nas suas redes sociais, Dirceu falou sobre o futuro de sua vida política. "Tive o mandato cassado por razões políticas e sem provas. Sofri processos kafkianos, para me tirar da vida política e institucional do país."
Ainda de acordo com o petista, "seria justo voltar à Câmara dos Deputados, e a decisão do STF nos leva a essa direção". Com as eleições de 2026 no norte, Dirceu já reflete sobre os desafios de 2024. "Há outras prioridades políticas a serem enfrentadas. Entre as prioridades, estão ajudar a eleger candidatos da esquerda nas eleições municipais deste ano e trabalhar para renovar o PT."
Edição: Matheus Alves de Almeida