América Latina

Apoiada pelo movimento popular, candidata progressista defende distribuição de renda no Panamá

Eleições no país estão marcadas para este domingo (5); primeiro colocado nas pesquisas tem candidatura questionada

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
A candidata independente Maribel Gordón encerrou sua campanha eleitoral no Panamá nesta quinta-feira (2) - Divulgação

Em coletiva de imprensa após o encerramento de sua campanha para as eleições presidenciais do Panamá nesta quinta-feira (2), a candidata progressista Maribel Gordón, economista e professora universitária, apresentou seu programa de governo "Por uma vida digna", e defendeu a distribuição de renda no país como uma das principais metas de sua candidatura.

"Há uma concentração profunda da riqueza em poucas mãos. Essa proposta histórica construída pelo movimento popular panamenho buscar respeitar direitos, garantir vida digna e bem estar humano", disse que, que concorre às eleições presidenciais deste domingo (5).

Uma das formas de melhorar a distribuição de renda, prevista em seu programa de governo, é a tributação progressiva do imposto, de acordo com a renda. 

A candidatura de Gordón começou a ser construída após a greve nacional de julho de 2022 contra o governo de Laurentino Cortizo, que resultou na Mesa de Diálogo, debate televisionado com garantia de tempo de participação dos movimentos populares, com o objetivo de discutir as principais reivindicações do movimento: o combate ao desemprego, alta no preço dos alimentos e medicamentos e reformas à lei que regula pensões e aposentadorias.

Foi nesses debates que o nome de Gordón se tornou conhecido e passou a ser visto como uma possibilidade de representar as reivindicações do movimento popular panamenho nas eleições presidenciais. Após a coleta de assinaturas exigida pela lei eleitoral panamenha, a economista  garantiu sua participação no pleito desse ano.

Apesar de figurar entre os candidatos com menos de 5% das intenções de voto, de acordo com as pesquisas eleitorais panamenhas, Gordón  e incorporou em seu programa de governo as pautas apresentadas pelo movimento popular em seu programa de governo.

"O país que se levantou não só contra o ex-presidente, mas em relação às causas dos problemas que afligem a população. Nossa candidatura é a possibilidade de converter essa nova consciência em uma realidade, para que tenhamos um governo que responda ao povo. Os outros sete candidatos representam o neoliberalismo. Em meio a essa crise profunda, a necessidade de uma mudança real é urgente e necessária."

Edição: Rodrigo Durão Coelho