A economia brasileira gerou em março 244.315 empregos com carteira assinada. No primeiro trimestre do ano, foram 719.033 empregos gerados – saldo de contratações menos demissões. O número é 34% maior do que o verificado nos primeiros três meses de 2023.
O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho.
Também nesta terça, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a taxa de desemprego do primeiro trimestre: 7,9%. Esse é o menor percentual de desocupados para esse período do ano desde 2014.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), lembrou que a geração de emprego formal em março foi a melhor desde março de 2020. "Ou seja, é um momento importante, então eu creio que neste Primeiro de Maio nós temos motivos para fixar a luta da classe trabalhadora por melhores condições", disse Marinho à Agência Brasil.
O maior crescimento do emprego formal no mês passado ocorreu no setor de serviços, com a criação de 148.722 postos. No comércio, foram criados 37.493 postos; na indústria, 35.886, concentrados na indústria da transformação; e na construção 28.666. O único grande grupamento com saldo negativo foi a agropecuária, com 6.457 postos a menos, em razão das sazonalidades do setor.
O salário médio de admissão foi de R$ 2.081,50. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 5,25, queda de 0,25%.
A maioria das vagas criadas no mês de março foi preenchida por mulheres (124.483). Homens ocuparam 119.832 novos postos. A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 138.901 postos.
Em março, o Brasil registrou 46,2 milhões de trabalhadores com registro em carteira, o que representa alta de 0,53% em relação ao mês anterior.
Desemprego
Sobre a taxa de desemprego do primeiro trimestre, ela é 0,5 ponto percentual mais alta que a verificada nos últimos três meses de 2022, quando chegou a 7,4%. Já no primeiro trimestre de 2023, a taxa era de 8,8% – 0,9 ponto percentual mais alta que a atual.
Segundo o IBGE, o país tinha 8,6 milhões de pessoas desocupadas no primeiro trimestre, 808 mil pessoas a menos do que em 2023. Uma queda de 8,6% em um ano.
O IBGE classifica como desocupado quem está procurando trabalho.
Já o número de ocupados no primeiro trimestre de 2024 ficou em 100,2 milhões de pessoas, 2,4% a mais do que nos três primeiros meses de 2023.
A taxa de informalidade nos primeiros três meses de 2024 ficou em 38,9% da população ocupada (38,9 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1 % no mesmo trimestre móvel de 2023.
Na média de janeiro, fevereiro e março deste ano, o rendimento médio do trabalhador alcançou R$ 3.123. O valor representa alta de 1,5% entre trimestres seguidos e 4% ante o primeiro trimestre de 2023.
Já a massa de rendimentos atingiu R$ 308,3 bilhões, um recorde na série histórica iniciada em 2012. Esse é o valor que os trabalhadores ocupados recebem para movimentar a economia. Apesar de recorde, o montante apresenta uma estabilidade em relação ao trimestre final de 2023.
* Com informações da Agência Brasil
Edição: Nicolau Soares