A economia brasileira já gerou 1,9 milhão de novos postos de trabalho durante os 11 primeiros meses deste ano, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (28). A meta do Ministério do Trabalho e Emprego é gerar 2 milhões de vagas até dezembro.
Em novembro, foram geradas 130 mil vagas. Foi o segundo pior resultado do ano, só à frente de janeiro, quando foram geradas 86 mil vagas. Em novembro de 2022, haviam sido 127 mil vagas criadas. No mês passado, foram 1,8 milhão de admissões e 1,7 milhão de demissões.
O saldo positivo foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 92 mil postos, e pelo comércio, com 88 mil postos. Na indústria, houve quase 13 mil mais demissões que admissões. A construção cortou 17 mil vagas e a agropecuária, 21 mil.
O Caged ainda aponta que o salário médio real de admissão em novembro foi de R$ 2.132,88, com um aumento de R$15 em comparação com o valor de outubro e cerca de R$ 46 maior do que o de novembro de 2022.
Entre os estados que mais geraram vagas em novembro, estão São Paulo, com 42 mil; no Rio de Janeiro, com 23 mil; e no Rio Grande do Sul, com 11 mil. Em Goiás, Mato Grosso e Piauí, houve mais demissões que admissões.
No acumulado do ano, São Paulo gerou 551 mil vagas de emprego; Minas Gerais, 187 mil; Rio de Janeiro, 165 mil. Até agora, no ano, o maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com saldo de 1 milhão postos formais de trabalho –59,8% do total.
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O secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Macena, afirmou que os resultados de 2023 são positivos, pois estão acima das expectativas divulgadas no início do ano: “Todos os analistas econômicos avaliaram que passaríamos por uma grande dificuldade.”
Macena disse que a elevada taxa de juros no Brasil atrapalharam a geração de empregos. Ele, aliás, não quis dizer se a meta do governo para a criação de postos de trabalho será alcançada neste ano.
Dezembro, lembrou ele, é um mês historicamente ligado a demissões. No ano passado, foram cortados 455 mil postos de trabalho. Ainda assim, o país gerou 2,4 milhões de vagas no ano. Este ano, até aqui, é pior para geração de vagas formais de trabalho --ou seja, com carteira assinada-- desde 2020.
Edição: Rebeca Cavalcante