Economistas ligados a bancos elevaram suas previsões sobre o crescimento da economia nacional em 2024 e reduziram suas expectativas sobre a inflação. A mudança consta da última edição do Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (16) pelo Banco Central (BC).
Para elaboração do Focus, o BC coleta semanalmente as previsões de economistas de instituições financeiras que atuam no Brasil. Com base nessas projeções, o BC divulga uma espécie de expectativa média dos banqueiros sobre os rumos da economia brasileira.
Nesta semana, 155 profissionais foram ouvidos. Eles elevaram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,90% para 1,95% — diferença de 0,05 ponto percentual.
No início do ano, eles estimavam que o PIB crescesse 1,52%. Ou seja, em menos de quatro meses, a projeção deles para o crescimento da economia já mudou 0,43% ponto.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia cresceu 2,9% em 2023. No início daquele ano, o Boletim Focus indicava que os bancos esperavam um crescimento de 0,8%.
O governo federal estima que a economia nacional cresça 2,2% em 2024. No próprio Boletim Focus, a previsão mediana de 44 economistas ouvidos pelo BC na semana passada já indica que a economia nacional cresça 2,02% —ou seja, há uma convergência das expectativas de bancos e do governo.
Inflação
O Boletim Focus desta semana também indica que os economistas reduziram sua expectativa para a inflação de 3,76% para 3,71%. O percentual diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final do ano. No começo de 2024, as previsões apontavam para 3,90% de inflação neste ano.
A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, até 4,5%.
Em março, a inflação do país subiu menos e ficou em foi 0,16%.
A previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final do ano aumentou para 9,13% ao ano. Até semana passada, era de 9%. Hoje, a taxa está em 10,75% ao ano.
Edição: Matheus Alves de Almeida