A presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, exaltou o papel dos movimentos sociais na garantia da democracia latino-americana e disse que os Argentinos vão retirar a extrema-direita do poder nas próximas eleições.
"Onde o retrocesso de extrema-direita chega, a gente pode vencê-lo, como fizemos aqui no Brasil. E tenho certeza que o povo argentino vai fazer também, tirando o [Javier] Milei da presidência da República", disse a líder do PT.
Hoffmann discursou na noite de sexta-feira (23) para milhares de integrantes de organizações populares durante o encerramento da Jornada Latino-americana e Caribenha de Integração dos Povos, que reuniu 4 mil pessoas de 26 países em Foz do Iguaçu (PR).
O encerramento da Jornada também teve a participação do ex-presidente Uruguaio Pepe Mujica, da vice-presidenta da Colômbia, Francia Márquez, além do ministro da secretaria-geral da presidência da República do Brasil, Márcio Macêdo, que representou o presidente Lula (PT).
'Lula tem razão' sobre o genocídio em Gaza, diz Macêdo
Aos gritos de "Lula tem razão", Macêdo reafirmou a posição de Lula contra o que o presidente chamou de genocídio na faixa de Gaza cometido por Israel.
"Precisou o Lula dizer que não é guerra você matar crianças, destruir hospitais, escolas e levar fome aos seres humanos. Precisou [Lula] dizer que é preciso acabar com o genocídio que esta lá [na Faixa de Gaza]", disse o secretário-geral da presidência.
"Daqui a 10 ou 20 anos, a sociedade vai olhar para trás e dizer que era genocídio e precisou de um latino-americano denunciar para acabar com aquilo lá", continuou Macêdo.
🔴 'Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio'
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Na noite de hoje (23), o presidente Lula (PT) tirou um breve momento para reiterar a sua fala na Etiópia sobre o massacre que Israel vem promovendo na Faixa de Gaza.
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Carta aprovada por movimentos 'vai ajudar na luta', diz Gleisi
No encerramento da Jornada, a presidenta do PT ratificou o conteúdo da carta conjunta assinada pelos movimentos durante a Jornada. A finalidade do documento é propor pautas unitárias de luta continental contra o imperialismo e a extrema-direita.
"Essa carta de princípios vai ajudar muito na luta que precisaremos fazer daqui pra frente. Porque infelizmente a extrema direita de nacionalismo xenófobo está tirando da nossa perspectiva essa integração entre os povos", declarou Hoffmann.
Promover a integração entre os povos da América Latina e Caribe, combater a extrema direita e o avanço do imperialismo são as principais diretrizes da "Carta aos Povos pela Integração da América Latina e Caribe", aprovada na sexta-feira (23) pelas organizações e movimentos populares presentes na Jornada Latino-Americana e Caribenha de Integração dos Povos.
O documento traz a síntese dos debates realizados e propõe caminhos para fortalecer a integração dos povos da região.
"A unidade de nosso povo e de suas organizações é fundamental para frear uma extrema direita que quer destruir nossas soberanias nacionais e populares para colocar nossos países a serviço do capital financeiro internacional e suas empresas transnacionais", diz o texto que reafirma a busca por uma integração com caráter descolonizador.
Edição: Nicolau Soares