Alep

Conselho de Ética decide por advertência verbal no processo de cassação de Renato Freitas (PT)

Deputado respondeu a processo por chamar Ademar Traiano de corrupto em sessão na Assembleia Legislativa do Paraná

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Processo acusava quebra de decoro parlamentar após Freitas ter chamado Ademar Traiano (PSD) de corrupto em sessão na Alep - Foto: Giorgia Prates

Nesta terça (20), o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) julgou o processo administrativo contra o deputado Renato Freitas (PT) e decidiu por dar uma advertência verbal. O processo acusava quebra de decoro parlamentar após Freitas ter chamado Ademar Traiano (PSD) de corrupto, em sessão na Alep.

Pela manhã, em declaração ao Brasil de Fato Paraná, Freitas reafirmou sua acusação contra Traiano: "Ademar Traiano é corrupto, são verdadeiras e, portanto, não podem ser consideradas caluniosas".

Após a decisão do Conselho de Ética, nesta tarde, nota do mandato do parlamentar aponta que o julgamento revela "flagrante hipocrisia" e "falta de vontade política [da Casa] em enfrentar a realidade". "Quem foi confessadamente corrupto permanece ileso, sem punições e pior, ainda preside esta casa de lei", destaca trecho da nota.

O mandato de Freitas ainda aponta que a comissão do Conselho de Ética utilizou-se de "artifícios questionáveis" para condená-lo, como, por exemplo, o descumprimento de prazos regimentais para a finalização do processo, utilizando períodos de recesso da Casa, como final de ano e carnaval.

Confissão

Delação revelou que o empresário Vicente Malucelli pagou propina a Traiano e ao ex-deputado Plauto Miró, em 2015, sob prerrogativa de manter o contrato da TV Icaraí, à época contratada para produção de conteúdo da TV Assembleia. Segundo a delação, o pagamento feito aos dois deputados estaduais somou R$ 200 mil. 

Ao Ministério Público, Traiano e Miró confessaram que pediram e receberam propina.

Fonte: BdF Paraná

Edição: Lia Bianchini