Um consórcio de duas empresas foi o único a participar do leilão do Cais Mauá, patrimônio do governo estadual, e arrematou o conjunto situado no centro de Porto Alegre com um lance de R$ 144,8 milhões.
Quem levou a concessão do terreno mais valioso da capital do Rio Grande do Sul, com direito à vista perene para o rio Guaíba e suas ilhas, foram a gaúcha Spar Participações e Desenvolvimento Imobiliário e a paulista Credlar Empreendimentos Imobiliários. A transação ocorreu na Bolsa de Valores de São Paulo nesta terça terça-feira (6).
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Líder do consórcio, a Spar possui capital social de R$ 10 mil, de acordo com apuração do site Matinal. O capital social de Credlar é de R$ 21 milhões. O consórcio Pulsa RS, como foi nomeado, comprometeu-se a aplicar R$ 353 milhões no local ao longo de 30 anos, englobando a reforma dos armazéns tombados e do pórtico central, além da revitalização das docas.
Área de três quilômetros
Spar e Credlar administrarão uma área de três quilômetros de extensão, abrangendo 12 armazéns, três docas e contando com 181 mil metros quadrados, situada entre a Usina do Gasômetro e a Estação Rodoviária.
O negócio implica na cessão da extensa faixa às margens do rio para a construção de prédios residenciais e comerciais. O acordo permite que o consórcio possa erguer até nove torres na região. Também haverá um espaço destinado a espetáculos e eventos culturais, abarcando os armazéns A e B e o pórtico central.
“Inspirador para o futuro”
“Tenho certeza que o novo Cais Mauá será inspirador para o futuro que queremos para o Rio Grande do Sul”, afirmou o governador Eduardo Leite (PSDB).
Houve mais tentativas de conceder o cais. Em 2010, a então governadora Yeda Crusius, também do PSDB, assinou contrato de arrendamento com o grupo Cais Mauá do Brasil, que prometia investir R$ 500 milhões no local. O contrato foi rompido em 2019 por Leite. Em 2022, um novo leilão acabou frustrado pela ausência de interessados.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira