O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, retiraram simbolicamente as grades de proteção da Praça dos Três Poderes, na tarde desta quinta-feira (1º).
As grades estavam ao redor do prédio do STF desde os atos golpistas que culminaram na invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado. "Há um ano, ainda eram visíveis nessa casa as marcas da destruição deixadas pelos atos golpistas. Hoje, celebramos a harmonia entre as instituições e o respeito à democracia", disse Lula na ocasião.
A retirada ocorre no mesmo dia da abertura do ano judiciário. Além de Lula e Barroso, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também participou da cerimônia.
Em seu perfil no X, antigo Twitter, Lula afirmou que "a democracia não é um pacto de silêncio. É a sociedade em movimento, em permanente busca por novos avanços e conquistas. Ela nunca estará pronta. Deve ser construída a cada dia".
"A democracia precisa ser defendida dos extremistas que tentam fazer dela um atalho para chegar ao poder, corroê-la por dentro, e sobre suas ruínas erguer as bases de um regime autoritário. Um Estado policial, com vigilância permanente sobre os cidadãos. Não permitiremos. Com equilíbrio, independência e união de todas as instituições. É assim que renascem, crescem e se fortalecem as democracias."
Antes, o presidente também escreveu sobre o equilíbrio entre os Poderes Executivos, Legislativo e Judiciário. "A relação entre os Três Poderes deve ser pautada pelo equilíbrio. O sistema de freios e contrapesos foi criado para que nenhum Poder se sobreponha ao outro. Nosso futuro será tanto melhor quanto mais baseado na cooperação entre instituições comprometidas com a paz, o crescimento econômico e a redução de todas as formas de desigualdade", disse.
Edição: Nicolau Soares