Em Curitiba, com a proximidade das eleições municipais, especulações sobre os potenciais vices na possível chapa encabeçada por Luciano Ducci, segundo colocado nas pesquisas para a prefeitura, começam a aquecer.
Nomes como o deputado estadual Goura Nataraj (PDT), a ex-primeira dama de Curitiba, Fernanda Richa, a deputada federal Carol Dartora (PT) e o vereador Angelo Vanhoni (PT) têm sido discutidos como possíveis parceiros na chapa de Ducci.
Contudo, a decisão final ainda deverá levar em consideração cálculos eleitorais visando a unificação da base do presidente Lula no Paraná, e também, de olho no cenário para 2026 na sucessão de Ratinho Jr. Há, ainda, nomes e setores no interior do PT sinalizando a necessidade de candidatura própria.
A prioridade, de acordo com um dirigente da Federação Brasil da Esperança no Paraná, ouvido pela reportagem do Brasil de Fato PR, é que Ducci escolha até a metade do ano um vice do Partido dos Trabalhadores, contudo, apesar da prioridade dada ao PT, ainda existem fraturas dentro da agremiação em relação a um apoio unificado para o ex-prefeito.
Alas do partido mais ligadas aos movimentos populares criticam a aliança por conta do histórico do ex-prefeito à frente da prefeitura de Curitiba, quando ele foi sucessor de Beto Richa até 2012, e teve atuação que recebeu críticas do funcionalismo público. Posteriormente, perdeu as eleições ainda no primeiro turno daquele mesmo ano.
A prioridade deste campo é a escolha de Carol Dartora para cabeça de chapa, nome porém visto com frieza pelas direções partidárias que apostam em uma frente ampla com um nome mais ao centro para que defenda o legado do governo federal na cidade.
Outras possibilidades?
Caso o PT não escolha um vice, ou tenha um nome de consenso, abre-se a possibilidade do surgimento da ex-primeira dama do estado, Fernanda Richa, em um acordo entre tucanos e o PSB, assumindo a vice de Ducci, apesar de ainda não ser um acordo tão simples.
Ducci espera ser o nome de Lula em Curitiba, mas não necessariamente do PT. Caso Fernanda Richa seja a escolhida, poderia empurrar a Federação para uma composição entre os partidos que a compõe entorno de um nome do PT.
Nos últimos dias, tem ganhando força também o nome deputado estadual Goura Nataraj, presidente estadual do PDT. Goura se destaca por suas propostas e atuação ligado a pauta ambiental e de mobilidade urbana na Assembleia Legislativa do Paraná.
Com uma base de eleitores jovens e parte da classe média progressista, sua possível inclusão na chapa de Luciano Ducci pode representar uma abordagem voltada para a mobilidade urbana sustentável e políticas direcionadas à juventude. Contudo, os pedetistas teriam que retirar o nome do deputado como pré-candidato para a composição dar certo, o que seria um aceno para setores mais à esquerda que não engoliram ainda um apoio a Ducci.
A deputada federal Carol Dartora, conhecida por sua defesa dos direitos humanos e da luta antirracista, também poderia aparecer como vice de Luciano, caso tenha acordo sobre a retirada de sua pré-candidatura a semelhança de Goura.
Dartora agregaria representatividade e pautas da classe trabalhadora à chapa. Sua atuação nacional, boas votações, inserção nas redes e mobilização social podem ser consideradas como fatores para uma gestão inclusiva e diversificada.
O desafio, por enquanto, é a própria recusa da Dartora e seu grupo em retirar sua candidatura sem que ao menos haja prévias dentro do partido.
O desenrolar dos acontecimentos nas próximas semanas certamente influenciará as decisões finais, e os eleitores aguardam para ver como essas figuras políticas se posicionam no cenário eleitoral de Curitiba em 2024. O fundamental, ainda, como será abordado pelo Brasil de Fato nos próximos dias é: Qual é o programa que Curitiba necessita?
Fonte: BdF Paraná
Edição: Pedro Carrano