A capital da Colômbia, Bogotá, entrou nesta sexta-feira (26) no quinto dia de combate aos incêndios florestais que atingem 21 regiões do país. Segundo a Unidade Nacional para a Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD), ao menos 17.192 hectares de áreas verdes foram devastados pelo fogo em janeiro no território colombiano.
O presidente Gustavo Petro declarou estado de emergência ambiental na quinta-feira (25). A medida libera recursos para os departamentos (unidade federativa equivalente aos estados brasileiros) de Cundinamarca, onde está localizada Bogotá, e Santander para combater o fogo nessas regiões.
Além desses locais, Antioquia, Boyacá, Córdoba e Valle del Cauca também estão entre os departamentos mais afetados. Ainda de acordo com o órgão, cerca de 86% das cidades colombianas estão sob risco de incêndios florestais.
O levantamento da UNGRD indica 34 incêndios ainda estão ativos. Em 2024, foram registrados 319 incêndios. Os números representam uma alta de 65,4% dos incêndios florestais se comparados a 2023.
O país também registrou recordes de temperatura em 2024. A cidade de Jerusalém, no sul da Colômbia, chegou a marcar 40,4 °C pr causa do fenômeno El Niño. Segundo a Direção Nacional de Bombeiros da Colômbia, 951 municípios (86% das cidades colombianas) estão sob risco de incêndios florestais, sendo 652 em alerta vermelho —risco alto para fogo.
Petro pediu ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao jornal colombiano El Tiempo, a organização disse que está monitorando o caso, já ofereceu ajuda ao país e que o apoio será coordenado pela Oficina das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).
O prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, anunciou na noite de quinta-feira (25) uma série de medidas que incluíam a extensão do rodízio de carros e a implementação de medidas hospitalares.
Nesta sexta-feira (26), Galán disse que está disponibilizando drones e helicópteros para atuar de maneira pontual nos focos de incêndio e que mais de 700 pessoas estão trabalhando há cinco dias para conter o fogo.
Edição: Nicolau Soares