No ano passado, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), deixou de utilizar R$ 413 milhões dos recursos empenhados para Gestão dos Riscos e Promoção da Resiliência a Desastres e Eventos Críticos. Tal instância realiza atividades como manutenção de sistemas de drenagem e manutenção e operação dos sistemas de monitoramento e alerta de enchentes.
Segundo levantamento feito pelo g1, com base em dados do Portal da Transparência da capital, no total a prefeitura usou R$ 1,6 bilhão dos R$ 2,1 bilhões empenhados, deixando de usar R$ 413 milhões. A gestão de Ricardo Nunes tem deixado, ano após ano, valores recordes em caixa. Em 2022, foram R$ 31,4 bilhões. Já em 2023, terminou o mês de novembro com R$ 31,7 bilhões em caixa.
O valor destinado à Gestão dos Riscos e Promoção da Resiliência a Desastres e Eventos Críticos pode ser revertido para as seguintes instâncias municipais: subprefeituras, Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Secretaria Municipal de Segurança Urbana, Fundo de Desenvolvimento Urbano e Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura.
Em nota ao g1, a Prefeitura de São Paulo informou que "os valores empenhados no combate às enchentes bateram recorde em 2023 e alcançaram R$ 2,1 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão já foi liquidado. Os investimentos superam os valores definidos na Lei Orçamentária Anual (LOA), que previa R$ 1,5 bilhão no período".
Entre dezembro de 2022 e março de 2023, durante as operações de chuva de verão, foram registrados cerca de 300 alagamentos em São Paulo. Na segunda semana de janeiro deste ano, as chuvas causaram mortes, alagamentos, quedas de árvores e o aeroporto de Congonhas, na zona sul, chegou a suspender o pouso de aeronaves.
Edição: Vivian Virissimo