A inflação oficial do Brasil deve mesmo fechar o ano dentro da meta estabelecida, algo que não acontece desde 2020. A última prévia do índice, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou um aumento acumulado de 4,72% dos preços em 2023. A meta é de até 4,75%.
Em 2021, o IPCA-15 fechou o ano com alta de 10,42%. Em 2022, 5,90%.
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A prévia da inflação é calculada com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). O índice tem a mesma metodologia da inflação oficial, o IPCA. Ele, contudo, é calculado na metade de cada mês e, por isso, serve como indicativo para o mês cheio.
O IPCA-15 de dezembro compara preços de 15 de novembro com de 14 de dezembro.
Segundo o IBGE, só neste período, o aumento de preços foi de 0,40%. Isso é 0,07 ponto percentual acima da taxa de novembro (0,33%). Em dezembro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,52%.
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Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em dezembro. A maior variação (0,77%) e o maior impacto (0,16%) vieram de transportes. Os grupos alimentação e bebidas (0,54%) e habitação (0,48%) também registraram alta.
O aumento nos transportes está ligado, principalmente, à alta no preço da passagem aérea. Foram 9,02% no mês. Em compensação, óleo diesel (-0,75%), etanol (-0,35%) e gasolina (-0,24%) ficaram mais baratos.
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No grupo alimentação e bebidas, houve alta da cebola (10,63%), da batata-inglesa (10,32%), do arroz (5,46%) e das carnes (0,65%). Por outro lado, os preços do tomate (-7,95%) e o leite longa vida (-1,91%) caíram.
Quanto aos índices regionais, nove áreas tiveram alta em dezembro. As maiores variações foram em Fortaleza e Goiânia, ambas com 0,77%. Nos dois casos, a principal contribuição veio da gasolina, com variações de 6,48% e 2,33%, respectivamente. Já o menor resultado ocorreu em Recife (-0,26%), onde houve queda no preço da gasolina (-4,66%).
Edição: Vivian Virissimo