MASSACRE SEM FIM

Oito hospitais no sul de Gaza funcionam 'parcialmente', diz Ministério da Saúde local

Organização Mundial da Saúde classificou ataques de Israel ao sistema de saúde palestino como 'dizimação' e ‘tragédia'

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Massacre em Gaza: cada vez mais mais feridos e menos hospitais - OMS

O Ministério da Saúde palestino informou que apenas oito hospitais estão operando “parcialmente” no sul da Faixa de Gaza, região que tem sido foco dos ataques israelenses após o fim da primeira trégua humanitária entre o exército de Tel Aviv e Hamas.

Dos 2,3 milhões de residentes do território palestino, 80% foram deslocados para o sul, sendo que dezenas de milhares de pessoas estão amontoadas em escolas da Organização das Nações Unidas (ONU) ou protegidas em tendas improvisadas.

Na semana passada, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) havia chegado a classificar a “dizimação” do sistema de saúde de Gaza como uma “tragédia”, uma vez que as equipes humanitárias verificam um aumento extremo na necessidade de ajuda médica mas os ataques de Israel não param de fazer centenas de vítimas diariamente.

O ´órgão estima que cerca de 50 mil mulheres grávidas vivem em Gaza e 180 partos ocorrem dia após dia em meio aos incessantes ataques do exército israelense diretamente ao sistema de saúde palestino.

Em um comunicado emitido no domingo (24/12), a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados Palestinos (Acnur) afirmou que suas equipes médicas “estão fazendo todo o possível para prestar cuidados às mulheres grávidas nos sete centros de saúde operacionais” da agência – abaixo dos 22 antes do início do agravamento das hostilidades israelenses em Gaza.

No mesmo dia, o próprio chefe da OMS lamentou a “dizimação” do sistema de saúde de Gaza e prestou homenagens aos profissionais de saúde que continuam trabalhando mesmo em circunstâncias extremas.

“A dizimação do sistema de saúde de Gaza é uma tragédia”, pronunciou-se Tedros Adhanom, na plataforma X, enquanto reiterou seu apelo para um cessar-fogo efetivo. “Diante da constante insegurança e do fluxo de pacientes feridos, vemos médicos, enfermeiros, motoristas de ambulância e outros continuando seus esforços para salvar vidas”.

Os hospitais, protegidos pelo direito humanitário internacional, têm sido repetidamente atingidos por ataques israelenses desde 7 de outubro. Até 20 de dezembro, a OMS registrou 246 bombardeios às infraestruturas de saúde em Gaza, incluindo hospitais e ambulâncias.