Subiu nesta terça-feira (26/12) para 106 o número de mortos no ataque israelense contra o campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza. A informação é da agência de notícias Associated Press, que cita registros do hospital de Al-Aqsa, próximo ao local do bombardeio.
Um balanço anterior divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza, enclave controlado pelo grupo Hamas, falava em pelo menos 70 vítimas.
Trata-se de um dos ataques mais mortais desde o início da operação israelense no território palestino após a ofensiva do Hamas em 7 de outubro, que deixaram 1,2 mil mortos.
Desde então, os bombardeios israelenses em Gaza já fizeram mais de 20 mil vítimas, segundo as autoridades locais.
O Exército de Israel disse ter iniciado uma "verificação" sobre o ataque contra o campo de refugiados e pediu que a população do centro da Faixa de Gaza se "afaste das zonas de combate", embora a ONU tenha dito que não há mais lugar seguro no enclave.
Já no sul do território, em Khan Younis, projéteis de artilharia israelense atingiram os andares superiores da sede local do Crescente Vermelho, que abrigava deslocados de outras regiões.
Lula defende criação de Estado palestino
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva participou na segunda-feira (25/12) de um almoço de Natal com repatriados da Faixa de Gaza. Durante o encontro, o mandatário defendeu a criação de um Estado palestino e afirmou que "não é humanamente possível aceitar o que está acontecendo na Faixa de Gaza".
“Não é possível a morte de tantas mulheres e tantas crianças, a destruição de todo patrimônio que foi construído pelo povo palestino”, disse Lula. “Eu há muito tempo defendo a criação do Estado palestino. E continuamos brigando na ONU para que seja construído um estado palestino e que os povos voltem a viver em paz”, completou.
No discurso, o mandatário afirmou que a diplomacia brasileira vai continuar conversando com a diplomacia de Israel para permitir a retirada de civis que estão na Faixa de Gaza.